Henrique Santiago   |   04/09/2017 15:11

Artigo: Rio pode ser vitrine para cassinos e gerar R$ 80 bi

O presidente da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), Sérgio Ricardo de Almeida, aposta que o Rio pode ser o primeiro destino do Brasil a receber os chamados jogos de azar.

Um tema de discussão que perdura décadas, os cassinos no Brasil, ganhou a voz de um apoiador. O presidente da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), Sérgio Ricardo de Almeida, aposta que o Rio pode ser o primeiro destino do Brasil a receber os chamados jogos de azar.

Em tramitação em Brasília há pelo menos um ano, a legalização de cassinos divide o setor político. Segundo apontou Almeida, há interesse e sondagem na instalação de “sete ou oito cassinos” no Rio, que poderiam gerar até R$ 80 bilhões em receita.

Ainda de acordo com ele, o Estado pode servir de modelo para a implementação deste modelo de negócio para outras capitais e cidades. Confira abaixo a leitura de seu artigo na íntegra:

Polo no Rio:A instalação decassinos no Rio poderá gerar até R$ 80 bilhões de dinheiro novo

“O Rio tem recebido a visita de empresários de cassinos, que administram os maiores empreendimentos do planeta. Gigantes do setor estão vindo à cidade para sondar e já demonstram intenção de instalar sete ou oito cassinos aqui. Não em outros locais do País.

Diante do comportamento do mercado, nada mais natural pensarmos que faz sentido a criação do primeiro polo da indústria de cassinos no Rio, como projeto-piloto para o Brasil.


Divulgação

Pela inquestionável vocação turística e cultural da cidade, pelos recentes investimentos feitos em infraestrutura, transporte, aeroportos — todos testados e aprovados pelos visitantes que recebemos na Copa do Mundo e nas Olimpíadas —, pela experiência reconhecida na indústria de entretenimento e gastronomia e pela ampla rede hoteleira instalada.

Ao escolher um modelo concentrado no Rio, o Brasil tem a chance de promover o desenvolvimento do setor e pode gerenciar de forma mais eficiente os controles operacional e fiscal necessários.

A cobrança de royalties e a participação nas outorgas dos cassinos no Rio gerarão receitas que serão distribuídas aos demais Estados, afinal, estimativas apontam que 70% deles não têm atratividade para o setor de cassinos.

Os CEOs dos grandes grupos querem investir alguns bilhões no desenvolvimento deste mercado ainda inexplorado no Brasil. Investimento que abarcaria setores como o da construção civil, da tecnologia de informação, de hotelaria; todos com grande potencial de geração de empregos. Além disso, é necessário e urgente ocupar Porto Maravilha e Barra da Tijuca, áreas renovadas para os Jogos Olímpicos que precisam de funções para justificar os investimentos já feitos.

O Rio de Janeiro possui qualidades para entrar no hall das cidades nas quais os jogos foram legalizados e desenvolveram a indústria ao redor. E a experiência demonstra que apenas um terço destas receitas são provenientes da atividade do jogo em si.

O maior volume de recursos advém da estrutura de serviços desenvolvida em torno dos cassinos. Las Vegas, por exemplo, é hoje um dos destinos mais populares para grandes eventos e convenções, com ocupação de 97% dos hotéis.

As vantagens são inequívocas. Estima-se que somente a implantação de cassinos trará entre R$ 60 e R$ 80 bilhões de dinheiro novo. Considerando a média de 30% de tributação do jogo no mundo, arrecadação de R$ 24 bilhões. E nada impede que os outros Estados, à medida que atraiam investimentos e assimilem a experiência do polo de cassinos do Rio de Janeiro, possam igualmente criar seu mercado.

Assim todos ganham. Principalmente o Brasil, que precisa ver uma luz no fim do túnel e a economia voltando a caminhar. O mundo dá sinais que está de olho nas oportunidades que podem surgir do nosso País e não só nas nossas crises e escândalos o que, vamos combinar, é uma ótima notícia.”


Sérgio Ricardo de Almeida é presidente da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj).

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