Dono da Alltour explica Chapter 11 e segue operando
Claudio Cipeda, dono da All Tour America Transportation e da operadora de receptivo All Tour America, ligou para a reportagem do Portal PANROTAS, para esclarecer sobre o pedido de recuperação judicial (Chapter 11), que ele assinou ontem, dia 31, na justiça americana.
Claudio Cipeda, dono da Alltour America Transportation e da operadora de receptivo Alltour America, ligou para a reportagem do Portal PANROTAS, para esclarecer sobre o pedido de recuperação judicial (Chapter 11), que ele assinou ontem, dia 31, na justiça americana.
TRANSPORTADORA
Segundo ele, o Chapter 11 inclui apenas a transportadora, que tem dívidas de US$ 500 mil, e já chegou a uma frota de 50 ônibus. A operadora também tem dívidas, mas, de acordo com ele, todas foram renegociadas com empresas como Marriott, Universal Orlando e Rosen.
“A crise brasileira afetou nosso movimento e tivemos de enxugar a estrutura”, conta ele. Cipeda, que já trabalhou na CVC no Brasil, fechou escritórios em Las Vegas, Los Angeles e Miami e ficou apenas com Orlando, onde mantém 35 funcionários, sete ônibus e cinco vans. “Um advogado me aconselhou a usar o Chapter 11 para me reestruturar e é o que fiz, assim como diversas outras empresas de Turismo daqui, como as empresas aéreas”.
A All Tour America atende empresas como CVC, Visual, Agaxtur e Flytour Viagens, e o dono da operadora garante que o atendimento dos passageiros está normal, sem qualquer problema. O diretor de Produtos Internacionais da CVC, Fábio Mader, confirmou ao Portal PANROTAS que não teve problemas com a Alltour. “Estamos no campeonato. Um famtour da CVC acabou de sair daqui e tudo correu bem”, diz.
Claudio Cipeda diz que o Chapter 11 vai ajudar na recuperação da transportadora e um investidor brasileiro deve entrar no grupo, ajudando ainda mais na reestruturação. “Renegociamos todas as dívidas da operadora e a transportadora vai se recuperar no Chapter 11”, resumiu.
FUNCIONÁRIOS
O Chapter 11 dá de seis a dez meses para essa recuperação, com acompanhamento judicial, e os recursos obtidos no período terão como prioridade pagamento de funcionários, seguro dos veículos, combustível e leasing.
“Não há atraso de pagamento de funcionários. Esse é um meio legal que temos aqui nos Estados Unidos para a recuperação. Já tive 170 funcionários de 2011 a 2014, mas como nosso negócio depende quase 100% do Brasil, a crise afetou muito o fluxo”, finalizou.