Diego Verticchio   |   18/04/2016 18:22

Especial Rio 2016: uma cidade, vários países

Rodar o mundo sem precisar pegar avião, sofrer com fuso horário ou pagar altas taxas para isso. A mágica de dar a volta ao mundo em duas semanas será possível em agosto, durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. Já há definido que pelo menos 17 países farão do Rio de Janeiro sua “casa”, que, na prática,


Marluce Balbino
Praia de Copacabana


Rodar o mundo sem precisar pegar avião, sofrer com fuso horário ou pagar altas taxas para isso. A mágica de dar a volta ao mundo em duas semanas será possível em agosto, durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. Já há definido que pelo menos 17 países farão do Rio de Janeiro sua “casa”, que, na prática, vai funcionar como ponto de encontro para atletas e torcedores de todas as nacionalidades.

Entre as casas já confirmadas estão aquelas bancadas por empresas patrocinadoras, países e pela NBA, liga norte-americana de basquete. Entre os países confirmados há dois espaços já reservados para o Brasil se promover: na Praça Mauá, onde ficarão atracados os navios que virão aos Jogos, e Via Parque, na Barra da Tijuca.

Na Lagoa, o campo de beisebol do Parque do Cantagalo será ocupado pelo Baixo Suíça, um espaço aberto ao público e que vai oferecer atividades culturais e nos campos da inovação e da ciência. Uma ação parecida foi realizada no mesmo lugar na Copa do Mundo e foi um dos points mais disputados para assistir aos jogos da seleção europeia.

Um dos países mais frios, a Dinamarca vai trocar clima gelado do país nórdico pelas areias de Ipanema. A Casa da Dinamarca ficará em um dos espaços mais nobres da cidade e promete deixar ainda mais quente os dias de agosto. O Pavilhão receberá cariocas e turistas que vão poder conferir uma exposição sobre o país, além de experimentar as bicicletas do tipo família, que depois serão doadas para a cidade. Por usar de forma privada um espaço público, a Dinamarca dará à cidade muito mais do que bicicletas. O país deixará material educativo da Lego, que terá um playground no Posto 10 para a criançada brincar. Ele será usado nos Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs), da prefeitura.

A Alemanha também estará em frente a praia, mas na Praia da Reserva. O país fechou com o Blue Beach Point, mas tudo indica que será exclusiva para o Comitê Alemão, ficando fechado ao grande público.

“As casas servem para o turista brasileiro ter um gostinho daquele país que está visitando e para o turista estrangeiro é a oportunidade de comemorar na sua própria casa, junto dos seus compatriotas, as medalhas conquistadas”, afirmou o presidente da Empresa Olímpica Municipal, Joaquim Monteiro, destacando ser uma tradição dos Jogos.

Na lista de locais já definidos está também a Casa Áustria, no palacete do Botafogo. O mesmo modelo deve ser seguido pela República Tcheca, que reservou o Centro Empresarial Mário Henrique Simonsen, na Barra da Tijuca. Próximo dali, no Le Monde Office, ficará a casa do Cazaquistão. A França ficará na Sociedade Hípica Brasileira, na Lagoa, com entrada livre somente para algumas atividades. A Holanda ficará no Clube Monte Líbano, na Lagoa, e terá uma área dedicada à Heineken. A Casa China será no Jockey Club, na Gávea. No caso da China e da Holanda não se sabe se o acesso será livre. Quem também escolheu a Zona Sul foi o Reino Unido, mais precisamente o Jardim Botânico. O país sede dos últimos Jogos ficarão no Parque Lage.

Já as Casas dos Estados Unidos (Colégio São Paulo) e Canadá (AABB da Lagoa) serão fechados ao público. A Itália, que não tem muita tradição nos Jogos Olímpicos, mas que faz muito sucesso entre os brasileiros, escolheu o Clube Costa Brava, no Joá, para sediar sua Casa Itália. “O clube ficará fechado para festejos da delegação e entrevistas com a imprensa. Os sócios não terão acesso”, afirma o presidente do Costa Brava, Edson Ribeiro.

A Colômbia escolheu o Centro do Rio para se autopromover. O país instalará a Casa da Colômbia no Centro Cultural do Ministério da Saúde, na Praça Quinze. Alguns metros dali, na Casa França-Brasil, na Candelária (Centro) ficará a Casa da Finlândia. Já o Qatar, palco da Copa do Mundo de 2022, e na corrida pelos Jogos,

Alguns pontos ainda estão em avaliação. Um deles é a Cidade das Artes, que pode abrigar o espaço do Japão. Tóquio será sede das Olimpíadas de 2020, e o local deve ser usado como centro de divulgação do evento. A Jamaica negocia com a Fundição Progresso, na Lapa.



CASA BRASIL
Nesta festa da globalização o Brasil, é lógico, não ficará de fora. O País terá dois espaços para se promover, receber turistas e fazer a festa. Um ficará no Centro, na altura da Praça Mauá, e o segundo na Barra da Tijuca.

Em meio ao fervor que está Brasília nestes dias, a Secretaria de Comunição do Governo Federal, responsável pela organização da Casa Brasil Rio 2016, não divulgou mais informações dos estabelecimentos, mas a julgar pelas ações realizadas em Londres e na Copa do Mundo no Brasil, haverá programações diária e sempre voltadas para o público.

Em Londres a Casa Brasil chegou a receber alguns atletas e no Rio não deve ser diferente, ainda mais “jogando em casa”.

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