"Flygap" sobe para 2º em consolidadora e operadora
Como a fusão Flytour e Gapnet muda as vendas de viagens internacionais no Brasil. Confira o ranking
O Grupo Flytour, com previsão de vendas de R$ 4 bilhões este ano, é o segundo maior de distribuição de viagens do Turismo no Brasil, com atuação em viagens corporativas, tecnologia para a indústria de viagens, operação, consolidação aérea e eventos. Só perde para o Grupo CVC, que tem previsão de faturamento entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões este ano, depois da compra da consolidadora Rextur Advance (R$ 3 bilhões em vendas) e da OTA Submarino Viagens (R$ 500 milhões). A fusão com o Grupo Gapnet, além de abrir novas frentes para o Grupo Flytour, como na área internacional, eleva o poder de vendas para R$ 5,5 bilhões, com meta de R$ 6 bilhões, segundo os sócios.
O Portal PANROTAS teve acesso a números de janeiro a novembro, referentes à venda de bilhetes internacionais do relatório eSmash, que compila cerca de 70% da movimentação de passagens aéreas internacionais (estão fora do relatório Iberia e British Airways, além de Gol e Azul internacional). Em um ano em que todos sofreram com a crise e a indústria vendeu 33% menos em dólares (o câmbio tendo compensado o resultado final em reais), a união das duas marcas fortalece o projeto "Flygap" especialmente na consolidação aérea e na operação, onde passa a figurar na segunda colocação, atrás apenas da Rextur Advance e da CVC, respectivamente.
CONSOLIDAÇÃO
(vendas em dólares, bilhetes aéreos internacionais, de janeiro a novembro, não inclui BA, IB, Gol e Azul, e parte da Tam)
1 - REXTUR ADVANCE - US$ 340,2 milhões. A consolidadora teve uma queda mediana no número de bilhetes (9%) e 35% nas vendas.
2 - ESFERATUR - US$ 254 milhões. Queda de 31% na venda e de apenas 1,39% em número de bilhetes.
3 - FLYTOUR - US$ 153 milhões. A empresa teve uma queda grande, de 40,42% nas vendas em dólares e de 23,88% em número de bilhetes.
4 - GAPNET - US$ 131 milhões. Caiu 37,71% em vendas e 17,77% em bilhetes.
FLYGAP: US$ 284 milhões, o que a deixaria em segundo lugar, US$ 30 milhões à frente da Esferatur e US$ 56 milhões atrás da Rextur Advance.
5 - ANCORADOURO - US$ 72 milhões (vendas 31,37% menores e menos 11,18% bilhetes).
Completam o Top 10, Skyteam High Light, Sakuratur, Picchionni e Confiança. Considerando a Flygap, a LTS seria a décima colocada. A Sakuratur foi a única do Top 10 a crescer: 7,7% em vendas e 21,75% em bilhetes. A Picchoni caiu 41% em vendas, mas cresceu 4,16% em bilhetes, o que mostra a queda na tarifa média de algumas empresas, como a American Airlines.
A tarifa média do mercado em geral (todos os canais) caiu 25,2% (US$ 701 contra US$ 938) e as vendas chegaram a US$ 2,9 bilhões (queda de 33%). O número de bilhetes caiu 10,44% (4,1 milhões no total, de janeiro a novembro).
OPERADORAS
(vendas em dólares, bilhetes aéreos internacionais, de janeiro a novembro, não inclui BA, IB, Gol e Azul, e parte da Tam)
1 - CVC - US$ 130 milhões. Os números internacionais das operadoras mostram que a CVC está com um share maior e cada vez mais isolada dos demais. A operadora vendeu 298 mil bilhetes internacionais (queda de 15%) e vendeu, em dólares, menos 38,59% (quando a desvalorização da moeda atingiu quase 60%).
2 - ABREU - US$ 14 milhões (-18,8%). Ou seja, as vendas da CVC são quase dez vezes maiores que a da segunda colocada, segundo os critérios do eSmash, onde não há a produção com as empresas nacionais, apenas parte da Tam.
3 - PRINCESS - US$ 9,6 milhões (-18%, mas crescimento de 2,56% em tíquetes)
4 - MMTGAPNET - US$ 9 milhões (queda grande de 60% em vendas e 47% em tíquetes)
5 - FLYTOUR VIAGENS - US$ 8,2 milhões (queda de 55,57% em vendas e 34,9% em bilhetes).
FLYGAP - US$ 17,2 milhões. Assumiria a segunda colocação com facilidade, ainda que bem distante da CVC. Vale lembrar que o ano foi mais propício às vendas nacionais, mas esses números não se encontram consolidados. Não é errado dizer, porém, que a soma de forças das duas operadoras (Flytour e MMT) cria a segunda maior do País, mesmo que operando separadamente.
Completam o Top 10 de operadoras no eSmash Queensberry, Nascimento, Teresa Perez, Agaxtur, Orinter e Mondiale, que iria para décimo caso contemos a fusão como uma só empresa.
A destacar os crescimentos de 14% da Schultz, em 15º lugar, e de 16,36% da Trend, em 28º.
CORPORATIVO
Em viagens corporativas a Flytour Business Travel lidera o ranking do ano, com US$ 102 milhões em vendas. A queda no corporativo como setor foi de 23%, abaixo da média de 33% do mercado. O segmento cresceu em share, chegando a 22% das emissões, contra 48% das consolidadoras (estável), 12% das OTAs (também estável) e 10,7% das operadoras (queda em relação aos 12,8% de 2014).
A FBT caiu 18,38% em vendas, bem menos que a média do mercado e do seu segmento, e é seguida no eSmash pela CWT (US$ 99 milhões), Alatur (US$ 96 milhões), Maringá (US$ 41 milhões) e Transpac (US$ 31,3 milhões). A queda da Alatur foi a menor do Top 5: apenas 0,8%.
Com a produção nacional esses números podem mudar? Com certeza. Mas vamos atrás deles para que em 2016 tenhamos um raio-X mais completo do setor. Os números mostram, porém, que Flytour e Gapnet fizeram o movimento correto para se fortalecerem e se complementarem. A esperar a reação dos concorrentes.
O Portal PANROTAS teve acesso a números de janeiro a novembro, referentes à venda de bilhetes internacionais do relatório eSmash, que compila cerca de 70% da movimentação de passagens aéreas internacionais (estão fora do relatório Iberia e British Airways, além de Gol e Azul internacional). Em um ano em que todos sofreram com a crise e a indústria vendeu 33% menos em dólares (o câmbio tendo compensado o resultado final em reais), a união das duas marcas fortalece o projeto "Flygap" especialmente na consolidação aérea e na operação, onde passa a figurar na segunda colocação, atrás apenas da Rextur Advance e da CVC, respectivamente.
CONSOLIDAÇÃO
(vendas em dólares, bilhetes aéreos internacionais, de janeiro a novembro, não inclui BA, IB, Gol e Azul, e parte da Tam)
1 - REXTUR ADVANCE - US$ 340,2 milhões. A consolidadora teve uma queda mediana no número de bilhetes (9%) e 35% nas vendas.
2 - ESFERATUR - US$ 254 milhões. Queda de 31% na venda e de apenas 1,39% em número de bilhetes.
3 - FLYTOUR - US$ 153 milhões. A empresa teve uma queda grande, de 40,42% nas vendas em dólares e de 23,88% em número de bilhetes.
4 - GAPNET - US$ 131 milhões. Caiu 37,71% em vendas e 17,77% em bilhetes.
FLYGAP: US$ 284 milhões, o que a deixaria em segundo lugar, US$ 30 milhões à frente da Esferatur e US$ 56 milhões atrás da Rextur Advance.
5 - ANCORADOURO - US$ 72 milhões (vendas 31,37% menores e menos 11,18% bilhetes).
Completam o Top 10, Skyteam High Light, Sakuratur, Picchionni e Confiança. Considerando a Flygap, a LTS seria a décima colocada. A Sakuratur foi a única do Top 10 a crescer: 7,7% em vendas e 21,75% em bilhetes. A Picchoni caiu 41% em vendas, mas cresceu 4,16% em bilhetes, o que mostra a queda na tarifa média de algumas empresas, como a American Airlines.
A tarifa média do mercado em geral (todos os canais) caiu 25,2% (US$ 701 contra US$ 938) e as vendas chegaram a US$ 2,9 bilhões (queda de 33%). O número de bilhetes caiu 10,44% (4,1 milhões no total, de janeiro a novembro).
OPERADORAS
(vendas em dólares, bilhetes aéreos internacionais, de janeiro a novembro, não inclui BA, IB, Gol e Azul, e parte da Tam)
1 - CVC - US$ 130 milhões. Os números internacionais das operadoras mostram que a CVC está com um share maior e cada vez mais isolada dos demais. A operadora vendeu 298 mil bilhetes internacionais (queda de 15%) e vendeu, em dólares, menos 38,59% (quando a desvalorização da moeda atingiu quase 60%).
2 - ABREU - US$ 14 milhões (-18,8%). Ou seja, as vendas da CVC são quase dez vezes maiores que a da segunda colocada, segundo os critérios do eSmash, onde não há a produção com as empresas nacionais, apenas parte da Tam.
3 - PRINCESS - US$ 9,6 milhões (-18%, mas crescimento de 2,56% em tíquetes)
4 - MMTGAPNET - US$ 9 milhões (queda grande de 60% em vendas e 47% em tíquetes)
5 - FLYTOUR VIAGENS - US$ 8,2 milhões (queda de 55,57% em vendas e 34,9% em bilhetes).
FLYGAP - US$ 17,2 milhões. Assumiria a segunda colocação com facilidade, ainda que bem distante da CVC. Vale lembrar que o ano foi mais propício às vendas nacionais, mas esses números não se encontram consolidados. Não é errado dizer, porém, que a soma de forças das duas operadoras (Flytour e MMT) cria a segunda maior do País, mesmo que operando separadamente.
Completam o Top 10 de operadoras no eSmash Queensberry, Nascimento, Teresa Perez, Agaxtur, Orinter e Mondiale, que iria para décimo caso contemos a fusão como uma só empresa.
A destacar os crescimentos de 14% da Schultz, em 15º lugar, e de 16,36% da Trend, em 28º.
CORPORATIVO
Em viagens corporativas a Flytour Business Travel lidera o ranking do ano, com US$ 102 milhões em vendas. A queda no corporativo como setor foi de 23%, abaixo da média de 33% do mercado. O segmento cresceu em share, chegando a 22% das emissões, contra 48% das consolidadoras (estável), 12% das OTAs (também estável) e 10,7% das operadoras (queda em relação aos 12,8% de 2014).
A FBT caiu 18,38% em vendas, bem menos que a média do mercado e do seu segmento, e é seguida no eSmash pela CWT (US$ 99 milhões), Alatur (US$ 96 milhões), Maringá (US$ 41 milhões) e Transpac (US$ 31,3 milhões). A queda da Alatur foi a menor do Top 5: apenas 0,8%.
Com a produção nacional esses números podem mudar? Com certeza. Mas vamos atrás deles para que em 2016 tenhamos um raio-X mais completo do setor. Os números mostram, porém, que Flytour e Gapnet fizeram o movimento correto para se fortalecerem e se complementarem. A esperar a reação dos concorrentes.