Aumento de tarifa do Cristo causa revolta no trade do Rio
A mudança é uma exigência do Instituto Chico Mendes (ICMBio), órgão federal vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Com a mudança, o valor passa dos atuais R$ 46,00 para R$ 62,00
O principal monumento turístico do Brasil passará a cobrar, a partir deste sábado (29/11), uma tarifa diferenciada para a alta temporada, finais de semana e feriados. A mudança é uma exigência do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Com a mudança, o valor passa dos atuais R$ 46 para R$ 62. Este preço será cobrado na alta temporada (29/11 a 15/02), finais de semana e feriados (municipal, estadual e federal). A partir do dia 16/02, e somente de segunda a sexta, o valor cai para R$ 51.
A mudança foi comunicada esta semana para o trade carioca, que foi pego de surpresa. O presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens do Rio de Janeiro, George Irmes, e o secretário Estadual de Turismo, Claudio Magnavita, são contra a taxação e disseram que a medida é um contrassenso ao desenvolvimento do turismo.
Segundo o secretário de Turismo do Estado, com este aumento (R$ 62), o Governo Federal passa a recolher R$ 22. “Este recurso vai exclusivamente para os cofres da União. Se eles fossem usados para investimentos no Parque Nacional da Tijuca, na revitalização do local ou em melhorias turísticas poderia ser justificável. O que não pode é o governo taxar novas tarifas sem ao menos fazer um estudo e nem repassar a verba para que possam ser feitas melhorias. É um crime que se comete ao turismo do Rio de Janeiro”, afirmou.
Para Irmes, a mudança repentina trará sérios prejuízos a agências de viagens do Rio. Isso porque, segundo ele, agências fecharam há pouco menos de um ano acordos com empresas de cruzeiros que atracarão no Rio. Na época do contrato, o valor da tarifa do Cristo Redentor era R$ 16,00 mais barata.
“Esses contratos foram fechados há um ano. As agências vão cumprir os contratos e terão que arcar com este prejuízo. Numa temporada que se estende até março e que a cada parada registra média de mil passageiros indo visitar o Cristo, o prejuízo de uma agência pode chegar a cerca de R$ 1,6 milhão”, calcula o presidente da Abav-RJ.
Com apoio da Bito, as entidades estão preparando uma carta de repúdio à taxação e entregarão ainda esta semana à ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, e ao ministro do Turismo, Vinicius Lages, que já se mostrou contrário ao aumento. Caso não surta efeito, as autoridades de turismo prometem ir ao Procon contra o aumento. “Não podemos nos conformar com este abuso que está sendo feito”, concluiu o secretário Estadual de Turismo.
Trem do Corcovado
Responsável pelo transporte dos visitantes da estação Cosme Velho até os pés do Cristo, o Trem do Corcovado afirmou que os novos preços foram uma medida adotada pela consórcio que venceu a licitação no início de novembro, formado pelo ICMBio, Ministério do Meio Ambiente e Parque Nacional da Tijuca. Em nota assinada pelo diretor-presidente Sávio Neves, o Trem do Corcovado afirma que as mudanças são radicais. A nota diz ainda que o acréscimo será recolhido diretamente pelo Governo Federal. "Isso não nos beneficia em nada, porque, do valor do bilhete, independente da época do ano, ficamos apenas com R$ 36", diz o documento.
A mudança foi comunicada esta semana para o trade carioca, que foi pego de surpresa. O presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens do Rio de Janeiro, George Irmes, e o secretário Estadual de Turismo, Claudio Magnavita, são contra a taxação e disseram que a medida é um contrassenso ao desenvolvimento do turismo.
Segundo o secretário de Turismo do Estado, com este aumento (R$ 62), o Governo Federal passa a recolher R$ 22. “Este recurso vai exclusivamente para os cofres da União. Se eles fossem usados para investimentos no Parque Nacional da Tijuca, na revitalização do local ou em melhorias turísticas poderia ser justificável. O que não pode é o governo taxar novas tarifas sem ao menos fazer um estudo e nem repassar a verba para que possam ser feitas melhorias. É um crime que se comete ao turismo do Rio de Janeiro”, afirmou.
Para Irmes, a mudança repentina trará sérios prejuízos a agências de viagens do Rio. Isso porque, segundo ele, agências fecharam há pouco menos de um ano acordos com empresas de cruzeiros que atracarão no Rio. Na época do contrato, o valor da tarifa do Cristo Redentor era R$ 16,00 mais barata.
“Esses contratos foram fechados há um ano. As agências vão cumprir os contratos e terão que arcar com este prejuízo. Numa temporada que se estende até março e que a cada parada registra média de mil passageiros indo visitar o Cristo, o prejuízo de uma agência pode chegar a cerca de R$ 1,6 milhão”, calcula o presidente da Abav-RJ.
Com apoio da Bito, as entidades estão preparando uma carta de repúdio à taxação e entregarão ainda esta semana à ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, e ao ministro do Turismo, Vinicius Lages, que já se mostrou contrário ao aumento. Caso não surta efeito, as autoridades de turismo prometem ir ao Procon contra o aumento. “Não podemos nos conformar com este abuso que está sendo feito”, concluiu o secretário Estadual de Turismo.
Trem do Corcovado
Responsável pelo transporte dos visitantes da estação Cosme Velho até os pés do Cristo, o Trem do Corcovado afirmou que os novos preços foram uma medida adotada pela consórcio que venceu a licitação no início de novembro, formado pelo ICMBio, Ministério do Meio Ambiente e Parque Nacional da Tijuca. Em nota assinada pelo diretor-presidente Sávio Neves, o Trem do Corcovado afirma que as mudanças são radicais. A nota diz ainda que o acréscimo será recolhido diretamente pelo Governo Federal. "Isso não nos beneficia em nada, porque, do valor do bilhete, independente da época do ano, ficamos apenas com R$ 36", diz o documento.