Biaphra Galeno   |   22/11/2013 17:43

Diretor da Airmet Portugal destaca união de agências

O segundo e último dia de convenção da Airmet Brasil, realizado em São Paulo, contou com a presença do diretor da Airmet Portugal, Paulo Mendes, que destacou o conceito de rede, que é amplamente utilizado na Europa por pequenas e médias agências de viagens.

O segundo e último dia de convenção da Airmet Brasil, realizada em São Paulo, contou com a presença do diretor da Airmet Portugal, Paulo Mendes, que destacou o conceito de rede, que é amplamente utilizado na Europa por pequenas e médias agências de viagens. Assim como o diretor da Airmet Brasil, Sérgio Branco, destacou ontem, Mendes falou que, juntas, as agências têm maior poder de negociação junto aos fornecedores. Neste caso, a negociação fica por conta da Airmet, que faz a gestão comercial.

“É mais caro ter uma rede de 200 agências próprias do que fazer a gestão delas”, explica Mendes, que chegou ontem de Lisboa. Em Portugal, a Airmet tem 240 agências associadas, com faturamento de 100 milhões de euros – algo em torno de R$ 309 milhões. No Brasil, são 92 associados com faturamento de R$ 580 milhões.

Mendes citou um dos exemplos do poder associativo comercial da Airmet em Portugal – que, assim como no Brasil e Espanha, não tem a ver com associações de classe, tais como Abav, Braztoa, Avirrp, Aviesp e outras. “A Royal Carribean sugeriu a diminuição do comissionamento e nós não assinamos o contrato. Resultado: as vendas da armadora com a Airmet Portugal caíram 70% e, no país como um todo, caíram 30%.”

TENDÊNCIA EUROPEIA
A situação de instabilidade financeira pela qual passa a Europa, sobretudo Portugal e Espanha, faz com que as decisões tomadas acerca das agências sejam diferentes das que imaginaram seus respectivos donos, ao abrirem o empreendimento. “Em momentos de crise, as agências não podem pensar em lucro, e sim em manterem-se vivas no mercado”, disse Paulo Mendes, sobre a política de descontos que as empresas dão para atraírem clientes.

O diretor também destacou que há um novo comportamento das agências de viagens europeias. “Com a crise cada vez mais forte, as operadoras viram nas taxas uma forma de obter ganho sobre os pacotes vendidos, algo que fez com que as agências montassem seus próprios pacotes. Atualmente, os únicos modelos de operação que ainda se mantêm rentáveis na Europa são os que envolvem fretamentos, como os da Tui Travel e Thomas Cook.”

Foto: Biaphra Galeno

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