Brunna Castro   |   07/08/2017 09:27

Turismo europeu critica maior rigor em controle de fronteiras

A Associação Europeia de Turismo (Etoa) criticou as novas regras para controle de fronteira nos países da zona de Schengen.

Dreamstime
A Associação Europeia de Turismo (Etoa), equivalente à Braztoa brasileira, criticou as novas regras para controle de fronteira nos países da zona de Schengen, incluindo revista mais rigorosa dos passageiros. As medidas foram planejadas e anunciadas antes da votação do Brexit no ano passado e impõem protocolos rigorosos.

A zona de Schengen é composta por 26 países e conta com 22 dos 28 membros da União Europeia – Bulgária, Romênia, Chipre, Croácia, Irlanda e Grã-Bretanha não fazem parte do espaço. Os outros quatro países da zona são Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.

Segundo a associação, os controles mais rígidos causaram "sérios atrasos, do tipo que são experimentados rotineiramente pelos visitantes que entram no Reino Unido dos EUA ou do Japão". "Ter fronteiras 'difíceis' cria uma experiência miserável para os visitantes. Esses novos controles se aplicam a todos os europeus, independentemente da nacionalidade, se vierem de fora da zona de Schengen", aponta a Etoa.

A associação ainda considera "iluminadora" a reação que os novos controles causaram no governo do Reino Unido. Um ministro britânico, observando a disrupção que uma fronteira "difícil" cria, sugeriu que os países da região deveria retaliar impondo "faixas exclusivas para britânicos no Reino Unido se eles querem se comportar assim".

Para o CEO da Etoa, Tom Jenkins, "o que se propõe não é uma retaliação, mas uma escalada". "Isso mostra desrespeito às regras legais e aos acordos internacionais. Quando os cidadãos britânicos são incomodados no Exterior, o ministro se sente livre para atacar estrangeiros com atrasos sem sentido", afirma.

A Etoa destaca, portanto, que os países da zona de Schengen estão "se comportando exatamente como o Reino Unido tem sugerido". "Uma maneira imediata de melhorar a situação seria que o Reino Unido aderisse a mais aspectos do acordo de Schengen", completa o comunicado da associação.

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