Chineses voltam à Europa para celebrar seu ano novo

O feriado com maior apelo para o mercado chinês se aproxima. A Semana de Ouro, como é chamado o período que envolve a virada do ano para os chineses – que em 2017 ocorre em 28 de janeiro, trazendo o ano do Galo –, é uma época que atrai cada vez mais os olhos dos destinos internacionais no ocidente. Uma análise da Forward Keys mostra que, para este feriado, os chineses voltaram a escolher a Europa como destino para a data.

O CEO da Forward Keys, Olivier Jager, afirma que “uma vez mais, nós vemos que chineses viajando internacionalmente para o ano novo é um impulsionador de crescimento global, o que é ótima notícia para os negócios”. “Porém, a real notícia”, completa o executivo, “é que a tendência de viagem do chinês está evoluindo – eles estão se tornando mais aventureiros; estão preparados para buscar novos destinos”.

Nos últimos anos, o receio em relação à segurança enfraqueceu o poder atrativo que a Europa possui sobre o público chinês. Algo que não foi notado no estudo para este ano, feito pela empresa de inteligência no Turismo. “É interessante esse retorno para a Europa, demonstrando a resiliência do Turismo perante as ameaças de terrorismo que impactaram a região no ano passado”, afirma.

De acordo com a Forward Keys, que analisa diariamente 16 milhões de reservas de voo e compara números com os resultados do ano anterior, o crescimento de compras de chineses de rotas que envolvem a Europa é de 68,5% - dado que, em 2015, era de queda de 7,4%. Apesar disso, a empresa alerta que os números podem significar apenas que os turistas adquiriram suas passagens com maior antecedência – e não que, no final das contas, o volume de passageiros será maior. O estudo mostra que a média de duração das viagens gira em torno dos oito dias, com partidas concentradas nos quatro dias que antecedem o início da Semana de Ouro, de 27 de janeiros a 2 de fevereiro.

Na Europa, o país com maior crescimento na procura de viagens é a Espanha (+89% em relação a 2015). Na sequência surgem Reino Unido (+88%), Itália (59%) e, surpreendentemente, apesar da constante ameaça à segurança, a França (+49%). O levantamento mostra que o aumento de conectividade foi também favorável ao Leste Europeu, com destaques para Rússia e República Checa. Já a Turquia, que no último dia 31 sofreu um atentado terrorista, é o único dos grandes mercados em queda: 14%.