Aeroportos dos EUA precisam ser melhores, diz analista

No debate presidencial dos Estados Unidos, em ao menos um ponto Donald Trump e seus oponentes parecem concordar: os aeroportos norte-americanos estão em má situação. Trump disse que “eles parecem de terceiro mundo”, enquanto o atual vice-presidente do país, Joe Bidden, que apoia a candidatura de Hillary, usou frase semelhante para descrever o aeroporto de La Guardia, em Nova York, no passado.

Na análise de Adam Minter, da Bloomberg, que o Skift publicou, o sentimento é compreensível quando se compara com os luxuosos aeroportos de Singapura, Dubai ou Malásia, regiões que vêm se desenvolvendo recentemente. “La Guardia tem lojas simples de souvenir, praças de alimentação pouco convidativas, enquanto esses outros possuem jardins, trilhas na floresta e são à prova de som”, exemplificou.

Segundo ele, uma razão clara disso é que os aeroportos recebem poucos fundos. A Mickinsey estimou recentemente que os terminais do país precisam de US$ 125 bilhões apenas para manter sua infraestrutura atual. Enquanto isso, enquanto a demanda por voos cresceu, o investimento em infraestrutura aeroportuária nos Estados Unidos caiu de US$ 21 bilhões para US$ 13 bilhões entre 2004 e 2014.

Há boas notícias, é verdade. O próprio La Guardia, em Nova York, receberá US$ 4 bilhões em investimentos de autoridades locais. Outra solução, aponta Minter, seria atrair mais investidores privados, que, por incrível que pareça, ainda são poucos nos aeroportos norte-americanos.

“Essas reformas não tornariam, necessariamente, os aeroportos do país grandiosos. Mas garantiriam que eles são bons o suficiente para levar os passageiros onde eles precisam ir, em segurança e relativo conforto”, afirma o autor.