Crise de 2008 ainda impacta empreendedorismo global
A crise financeira mundial de 2008 tornou os empresários mais dependentes do financiamento próprio, enquanto novas fontes de financiamento empresarial como o crowdsourcing vêm ganhando popularidade. É o que aponta o Relatório Especial sobre Financiamento Empresaria
A crise financeira mundial de 2008 tornou os empresários mais dependentes do financiamento próprio, enquanto novas fontes de financiamento empresarial como o crowdsourcing vêm ganhando popularidade. É o que aponta o Relatório Especial sobre Financiamento Empresarial 2015-2016 do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que estudou os padrões de financiamento empresarial em cerca de 60 países.
De acordo com o estudo, a maioria dos empresários (95%) depende de financiamento próprio para iniciativas em fase inicial. Mesmo que o custo médio para abrir uma empresa tenha caído, o acesso ao financiamento, segundo a GEM, é um dos problemas mais graves para as empresas em muitas economias. O montante médio necessário para abrir uma empresa em 2004 era de US$ 54 mil e de US$ 65 mil em 2006. Em 2015, por sua vez, a mediana do valor (ou seja, o valor que fica no meio entre o menor e o maior) era de US$ 13 mil.
“Embora não seja possível uma comparação direta, dado que em 2015 foram usadas as medianas dos montantes e não as médias, como nos relatórios anteriores, os resultados indicam uma maior disposição e capacidade para abrir uma empresa com menos recursos e acreditamos que isso tem a ver com a influência da internet”, afirma um dos autores do estudo, Mike Herrington.
A análise aponta que os bancos continuam sendo uma importante fonte de financiamento em todas as regiões do mundo. A participação desse tipo em financiamentos varia de um quarto dos empresários na África e na Ásia e Oceania a um terço dos empresários na América do Norte. Além disso, o financiamento governamental também tem destaque e é maior na América do Norte e na Europa.
AMÉRICA LATINA E CARIBE
A porcentagem da população adulta que atuou como investidora informal para iniciativas empresariais varia de 1% no Brasil e em Porto Rico a 14% no Chile.
O estudo também mostra que, na América Latina e Caribe e na África, os montantes médios concedidos por investidores informais são de US$ 1.510 e US$ 1.520, respectivamente – valores baixos em comparação com a Europa (US$ 12.583).
NOVAS MODALIDADES
O relatório da GEM também indica que as formas “tradicionais” de financiamento empresarial estão cada vez mais sendo complementadas por fontes como o empréstimo peer-to-peer, o crowdfunding, o microfinanciamento e as cooperativas comunitárias. Além disso, a indústria, os modelos de negócios e o conceito de mercado estão passando por redefinições por conta da tecnologia móvel.
“Os empresários na América do Norte são consideravelmente mais propensos a ter acesso a fontes de financiamento empresarial mais sofisticados, como o capital de risco e o crowdfunding”, explica outra autora do estudo, Caroline Daniels. 14% dos empresários norte-americanos são financiados por meio do crowdfunding, enquanto que na África, Ásia e Oceania, o percentual é de 2%.
O crowdfunding representa uma fonte de financiamento predominante na Grécia (19%), na Guatemala (18%), nos Estados Unidos (15%), no Canadá (13%) e na Finlândia (13%).
Para Caroline, os negócios são cada vez mais globais. “À medida que a consciência de quem tem o acesso aos recursos vêm crescendo, as partes interessadas estão explorando formas de aumentar os tipos de financiamento disponíveis em todas as economias”, afirma ela.
Confira o relatório completo clicando aqui.
De acordo com o estudo, a maioria dos empresários (95%) depende de financiamento próprio para iniciativas em fase inicial. Mesmo que o custo médio para abrir uma empresa tenha caído, o acesso ao financiamento, segundo a GEM, é um dos problemas mais graves para as empresas em muitas economias. O montante médio necessário para abrir uma empresa em 2004 era de US$ 54 mil e de US$ 65 mil em 2006. Em 2015, por sua vez, a mediana do valor (ou seja, o valor que fica no meio entre o menor e o maior) era de US$ 13 mil.
“Embora não seja possível uma comparação direta, dado que em 2015 foram usadas as medianas dos montantes e não as médias, como nos relatórios anteriores, os resultados indicam uma maior disposição e capacidade para abrir uma empresa com menos recursos e acreditamos que isso tem a ver com a influência da internet”, afirma um dos autores do estudo, Mike Herrington.
A análise aponta que os bancos continuam sendo uma importante fonte de financiamento em todas as regiões do mundo. A participação desse tipo em financiamentos varia de um quarto dos empresários na África e na Ásia e Oceania a um terço dos empresários na América do Norte. Além disso, o financiamento governamental também tem destaque e é maior na América do Norte e na Europa.
AMÉRICA LATINA E CARIBE
A porcentagem da população adulta que atuou como investidora informal para iniciativas empresariais varia de 1% no Brasil e em Porto Rico a 14% no Chile.
O estudo também mostra que, na América Latina e Caribe e na África, os montantes médios concedidos por investidores informais são de US$ 1.510 e US$ 1.520, respectivamente – valores baixos em comparação com a Europa (US$ 12.583).
NOVAS MODALIDADES
O relatório da GEM também indica que as formas “tradicionais” de financiamento empresarial estão cada vez mais sendo complementadas por fontes como o empréstimo peer-to-peer, o crowdfunding, o microfinanciamento e as cooperativas comunitárias. Além disso, a indústria, os modelos de negócios e o conceito de mercado estão passando por redefinições por conta da tecnologia móvel.
“Os empresários na América do Norte são consideravelmente mais propensos a ter acesso a fontes de financiamento empresarial mais sofisticados, como o capital de risco e o crowdfunding”, explica outra autora do estudo, Caroline Daniels. 14% dos empresários norte-americanos são financiados por meio do crowdfunding, enquanto que na África, Ásia e Oceania, o percentual é de 2%.
O crowdfunding representa uma fonte de financiamento predominante na Grécia (19%), na Guatemala (18%), nos Estados Unidos (15%), no Canadá (13%) e na Finlândia (13%).
Para Caroline, os negócios são cada vez mais globais. “À medida que a consciência de quem tem o acesso aos recursos vêm crescendo, as partes interessadas estão explorando formas de aumentar os tipos de financiamento disponíveis em todas as economias”, afirma ela.
Confira o relatório completo clicando aqui.