Henrique Santiago   |   20/06/2017 16:45

"Vamos comprar muito mais", promete CEO da Accor

A economia compartilhada fez a hotelaria tradicional se mexer. E a francesa Accor Hotels, com mais quatro mil hotéis ao redor do mundo, se atentou à implementação de senso de comunidade e vivência entre hóspedes e locais.

A economia compartilhada fez a hotelaria tradicional se mexer. E a francesa Accor Hotels, com mais quatro mil hotéis ao redor do mundo, se atentou à implementação de senso de comunidade e vivência entre hóspedes e locais.

Emerson Souza
Patrick Mendes, diretor executivo da Accor para a América do Sul
Patrick Mendes, diretor executivo da Accor para a América do Sul

Nos últimos meses, a empresa tem investido em propriedades mais humanizadas, isto é, que vão ao encontro da necessidade do hóspede de se sentir como parte de um local. Muito além de um design moderno e colorido, a Accor tem investido em pessoas com paixão pelo que fazem, como assinalou o diretor executivo para a América do Sul, Patrick Mendes.

Em razão disso, a companhia hoteleira traçou um planejamento baseado nos seguintes pilares: ser referência, colaboradores mais valorizados, melhor relação com parceiros estratégicos e plataforma de distribuição mais valorizada. “Queremos ser disruptivos”, resumiu o profissional durante o segundo Design & Technical Summit, em São Paulo.

Em relação ao número de propriedades em operação hoje, Mendes diz que há campo para investir, em especial no Brasil. "Ainda temos poucas marcas, há espaço para muito mais. Vamos abrir mais hotéis com aquisições, vamos comprar mais. No ano que vem, vamos ter de atualizar a lista do nosso portfólio", prometeu, sem dar mais detalhes. A única coisa que se pode adiantar é que o País, mais precisamente São Paulo, estreará a nova marca da companhia francesa, como anunciado em primeira mão no Summit.

Para lidar com esse novo público, é preciso entender como o design funcional de um hotel conecta hóspedes à propriedade. O vice-presidente sênior de Design e Implantação da Accor para a América do Sul, Paulo Mancio, explica que cada área do hotel pode servir de diferentes cenários, como a recepção ir além de suas funções normais e abrigar um coquetel ou lançamento de produto.

Segundo o executivo, a hotelaria tem estado um tanto “careta” e conservadora, abrindo espaço para demais players de fora do segmento, como hospedagem por meio da economia compartilhada. E, desta forma, a Accor assume um papel de pioneirismo no setor, ou absoluta genialidade, como pontuou Mancio, de levar os conceitos de inovação para suas 21 marcas, independentemente de serem econômicas ou de luxo.

Até o fim deste ano, a Accor Hotels pretende abrir 280 hotéis em todo mundo, sendo 40 na América do Sul. Até 2020, a rede hoteleira tem o escopo de inaugurar mais 800 hotéis, chegando a 5,2 mil unidades.

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