Brunna Castro   |   14/03/2017 18:32

Como a hotelaria deve trabalhar os canais de distribuição?

A relação entre OTAs e hotelaria foi o tema do último painel do Fórum PANROTAS 2017.

A relação entre OTAs e hotelaria foi o tema do último painel do Fórum PANROTAS 2017. Com a presença do diretor geral do Decolar.com no Brasil, André Alves, da diretora da rede Windsor de Hotéis, Rosangela Gonçalves, do sócio-fundador da Allpoints, Marcelo Bicudo, e do presidente do Grupo Trend, Luis Paulo Luppa, o debate destacou questões envolvendo os canais de distribuição envolvidos no mercado hoteleiro.

Emerson Souza
André Alves, Rosangela Gonçalves, Marcelo Bicudo, Luis Paulo Luppa e Gustavo Syllos no último painel da 15ª edição do Fórum PANROTAS
André Alves, Rosangela Gonçalves, Marcelo Bicudo, Luis Paulo Luppa e Gustavo Syllos no último painel da 15ª edição do Fórum PANROTAS

“Hoje temos expectativa de geração de aumento de demanda. Falamos no alongamento da cadeia de distribuição, então questionamos qual o papel hoje da OTA nesse sentido. Eu gostaria de enfrentar esse desafio com parceiros”, apontou Rosangela. “Nós entendemos que o custo da conectividade é justo, deve ser cobrado sim, mas em qual patamar? Se você alonga a cadeia, isso gera um impacto, mas existe um limite”, disse a diretora da rede Windsor de Hotéis durante a discussão.

Quando questionado pelo provador Gustavo Syllos, diretor de Marketing e Vendas do complexo Costa do Sauípe, se as OTAs seriam uma arma ou uma armadilha, Luppa apontou que não se trata de nenhuma das opções citadas. “Cada um escolhe o seu canal de distribuição. O problema é anterior a isso. O que vivemos hoje é problema de posicionamento”, afirmou o presidente do Grupo Trend, que destacou que hotel e viagem não são preços, e sim valores. “Estamos educando os consumidores errado e vamos pagar um preço alto por isso. É um absurdo como se vende hotel, é um absurdo a tarifa média que estamos trabalhando hoje”, provocou Luppa.

O diretor geral do Decolar.com no Brasil destacou que o custo é um fator presente em todos os casos, “só que em linhas diferentes”. “Não adianta falar que a culpa é da OTA”, disse Alves. “Eu não sou detentor do produto, sou um canal que distribui vários fornecedores. A decisão está na mão do cliente. Ele vai escolher o produto e o fornecedor naquilo que gera valor para ele”, completou o diretor.

“Todos nós aqui somos ferramentas”, afirmou Bicudo, que relacionou a pulverização da hotelaria com a dificuldade na gestão dos custos. Além disso, ele destacou que a qualidade da mão de obra na hotelaria tem caído, uma vez que cada vez mais talentos são captados por outras indústrias.

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