ABIH: não precisamos de proteção, e sim de respeito

BRASÍLIA – A ABIH Nacional está entrando em uma importante fase de seus 80 anos de existência. Mudanças estão sendo promovidas para modernização da indústria de hospitalidade no País, de acordo com seu presidente, Dilson Fonseca, que participa do Seminário Jurídico do Turismo, promovido pela CNC em Brasília. Ele garante que grande parte dos anseios da hotelaria nacional está sendo debatida e poderá ter resoluções animadoras para o setor.

“Muitos itens da atualização da Lei Geral do Turismo nos dizem respeito. Depois de Copa do Mundo, Olimpíada e crise, a próxima alta temporada marcará a retomada da indústria. Uma de nossas principais bandeiras é em relação à carga tributária no Brasil na comparação com as plataformas de aluguel residencial, que estão afetando de maneira díspar o setor hoteleiro”, afirma o presidente da ABIH.

“O governo do Rio de Janeiro, por exemplo, arrecadou bem menos do que o esperado durante os Jogos Olímpicos por conta das plataformas de hospedagem alternativa, que não geraram receita alguma para o Estado. O dinheiro foi, na verdade, para os Estados Unidos, de uma empresa norte-americana”, completa Fonseca, apontando que há uma diferença de 40% na carga tributária entre hotelaria e Airbnb, por exemplo. “Precisamos de uma regulamentação imediata. Se essa tributação fez falta para um Estado tão poderoso como o Rio, imagina o que pode fazer com o País. A palavra não é ‘proteção’. Não precisamos nos proteger, mas sim de respeito e igualdade.”

O presidente da ABIH fez questão de ressaltar a representativa data pela qual a ABIH passou no último dia 9 de novembro. “São oito décadas de associação, e no último dia 18 tivemos uma sessão solene na Câmara dos Deputados para comemorar a data. Foram mais de 300 pessoas entre hoteleiros, deputados, presidentes de associações e representantes de entidades como Embratur e Ministério do Turismo. Isso é inédito para uma associação do Turismo.”

AIRBNB SE POSICIONA
O Airbnb enviou uma nota ao Portal PANROTAS rebatendo as declarações de Dilson Fonseca. Segundo o serviço de hospedagem, as propriedades cadastradas ajudaram a "garantir que 85 mil pessoas teriam lugar para ficar para acompanhar a Olimpíada", gerando movimentação econômica de R$ 325 milhões. Clique aqui para ver o posicionamento completo.

*Notícia atualizada às 18h54 do dia 23/11 incluindo o posicionamento do Airbnb.