OTAs amenizam taxas na Austrália, mas briga continua
A Comissão de Consumo e Concorrência da Austrália (ACCC, do inglês) informou nesta sexta-feira (2) que as OTAs Booking.com e Expedia concordaram em amenizar suas cláusulas de preços e disponibilidade nos termos do setor hoteleiro no país.
A Comissão de Consumo e Concorrência da Austrália (ACCC, do inglês) informou nesta sexta-feira (2) que as OTAs Booking.com e Expedia concordaram em amenizar suas cláusulas de preços e disponibilidade nos termos do setor hoteleiro no país. Por isso, qualquer garantia que elas tenham imposto sobre hotéis na tarifa mais baixa passam a não valer mais - questão que a comissão diz "evitar concorrência e consumidores negociando acordos melhores diretamente com os fornecedores".
"Os fornecedores de acomodação australianos agora conseguirão fazer com que suas ofertas supram melhor a demanda dos clientes e de seus próprios negócios. Eles agora serão capazes de oferecer taxas mais baixas por meio de reservas de telefone, oferecem tarifas especiais e ofertas para grupos de fidelização de clientes, além de oferecer promoções via Expedia e Booking.com", acredita o presidente da comissão, Rod Sims.
Contudo, os players do mercado hoteleiro australiano ainda parecem longe de encerrar o assunto. A Associação Hoteleira da Austrália defende que, mesmo com o acordo das OTAs previsto em contrato, "gigantes estrangeiras" conseguirão fazer com que viajantes paguem até 20% mais por uma acomodação por conta de "comissões secretas".
A grande preocupação do grupo é que os hoteleiros ainda não podem fazer, em seus canais próprios, ofertas mais baratas que as ofertas das OTAs.
"Isso significa que as OTAs ainda conseguem ditar os preços que podem cobrar pelo serviço, a partir de seus escritórios fora do país, a hotéis independentes da Austrália, ao passo que muitos desses hotéis se esforçam para conseguir algum lucro. Com o market share dominante, elas estão sufocando o setor e os clientes são os que mais perderão com preços mais elevados ou menor possibilidade de escolha, uma vez que operadores menores terão que deixar negócios", prevê o CEO da organização, Richard Munro.