Hotelaria: ocupação cai apesar de preços menores
A STR, especialista em análise de dados, divulgou informações sobre a performance global do mercado hoteleiro no segundo quadrimestre de 2016. Os números no Brasil foram fortemente afetados pelo desaquecimento da economia e apresentou baixas significativas. Mercados que
A STR, especialista em análise de dados, divulgou informações sobre a performance global do mercado hoteleiro no segundo quadrimestre de 2016. Os números no Brasil foram fortemente afetados pelo desaquecimento da economia e apresentou baixas significativas. Mercados que refletem o panorama nacional, como Rio de Janeiro e São Paulo, sofreram baixas tanto em ocupação quanto em valores médios de diárias cobradas (ADR).
De acordo com os números apresentados pela STR, a ocupação média do setor hoteleiro brasileiro caiu 7,8% em relação ao segundo quadrimestre de 2015. O número, que beirava os 60% de ocupação, marca hoje 51,6%. A queda, no entanto, não pode ser explicada pela performance do mercado paulista. Em São Paulo, a redução foi de apenas 1,7%, caindo de 63,9% para 62,2%.
Já no Rio de Janeiro essa taxa superou os dois dígitos. A queda foi de 16,4% na ocupação, indo de 63,8% para 47,4%. Vale lembrar que a aproximação com os Jogos Olímpicos levou novos empreendimentos para a região, esses inaugurados recentemente, dentro do período estudado. Com isso, naturalmente a ocupação sofreu uma queda às vésperas do evento.
O maior reflexo da crise econômica e consequente crise no consumo do brasileiro está nos valores médios de diárias cobradas (ADR). O setor hoteleiro nacional se viu obrigado a baixar preços, com variações percentuais negativas em dois dígitos, afetando assim as receitas. No Brasil, as diárias giravam em torno de US$ 93,83 no segundo quadrimestre de 2015. Com queda de 13,8%, hoje esses números ficam na casa dos US$ 80,89.
No Rio de Janeiro, os valores cobrados ainda superam a média nacional. Se em 2015 o ADR era de US$ 142,05, hoje, com uma redução de 13,3%, abaixo da média brasileira, esses números ficam em US$ 123,16. A queda em São Paulo foi ainda mais intensa nesse quesito. As diárias baixaram, em média, 14,8%, caindo de US$ 114,16 para US$ 97,27.
AMÉRICA DO SUL
O primeiro semestre do mercado sul-americano também foi de quedas na taxa de ocupação. Com baixa de 6% em relação ao mesmo período de 2015, os hotéis do continente tiveram 54,1% de seus quartos com hóspedes, contra 57,5% do ano anterior. Por outro lado, o setor hoteleiro da América do Sul viu o valor de suas diárias subir substancialmente, em 9,9% - uma das maiores taxas do mundo para o período. O ADR, no primeiro semestre de 2016, foi de US$ 89,74, ante os US$ 81,64 em 2015.