Com aquisição, Minor planeja investimentos no Brasil
O grupo tailandês Minor Hotel Group, que oficializou na última terça-feira (2), em Lisboa a aquisição dos hotéis Tivoli do Grupo Espírito Santo, após dois anos de espera, agora começa a planejar o futuro das 14 unidades da rede, localizadas no Brasil e em Portugal.
O grupo tailandês Minor Hotel Group, que oficializou na última terça-feira (2), em Lisboa, a aquisição dos hotéis Tivoli, agora começa a planejar o futuro das 14 unidades da rede, localizadas no Brasil e em Portugal.
De acordo com o vice-presidente de desenvolvimento e operações do Minor Hotel Group para a América Latina, Marco Amaral, em entrevista ao Portal PANROTAS, “a marca continuará com o mesmo DNA e a mesma dinâmica, porém com uma estrutura comercial, de distribuição e administração fortalecida pela Minor, com principal objetivo de potencializar a qualidade de seus serviços, trazendo assim, benefícios para colaboradores e clientes”.
PERÍODO CONTURBADO
Para Amaral, a demora na concretização do negócio ocorreu devido “à complexidade dos problemas do Grupo Espírito Santo e também pelo fato de que o risco para o comprador não era óbvio. A Minor teve capacidade de administrar todos os obstáculos com paciência”.
As 14 unidades da marca portuguesa Tivoli pertenciam ao Grupo Espírito Santo, que por sua vez era de propriedade de uma das famílias mais ricas de Portugal. Na época, o Grupo Espírito Santo comandava uma série de empresas financeiras e não-financeiras, com negócios em diversos países do mundo, incluindo o Brasil. No topo das empresas comandadas pela família estava a ES Control, que era dona de 56,5% da Espírito Santo International (ESI), sediada em Luxemburgo.
A ESI era proprietária de 100% da Rio Forte, que reunia ativos do Grupo Espírito Santo, como hotéis, fazendas e empresas de energia. A Rio Forte controlava 49% da Espírito Santo Financial Group (ESFG) que, na época, era a maior acionista do Banco Espírito Santo, com 25% do capital. Todas as empresas estavam dentro do BES, até o banco ter de separar os ativos não-financeiros, por determinação do Banco de Portugal, trazendo à tona os problemas de todas as empresas que se apoiavam financeiramente por meio de empréstimos uma para as outras.
Em seguida, o Banco de Portugal pediu uma auditoria que apontou irregularidades nas contas da Espírito Santo International, levando os órgãos reguladores de Luxemburgo a uma investigação. Em 2008, com o estouro da crise econômica global, o grupo teve prejuízos estimados em 180 milhões de euros. Meses depois, membros da família deixaram o comando do grupo, sendo substituídos por outros executivos.
NOVIDADES
A primeira medida já como donos da marca Tivoli será a renovação dos hotéis Tivoli Marina Vilamoura, Tivoli Oriente e Tivoli Lisboa, nessa ordem, com investimento orçado em 50 milhões de euros. “Para o Brasil, estamos planejando a atualização da unidade Tivoli na Praia do Forte (BA). Essa atualização tem como intuito, colocar o empreendimento no mesmo nível dos melhores do mundo. Também promoveremos melhorias na unidade de São Paulo, uma espécie de refresh”, adianta Amaral.
“A hotelaria precisa de pessoas mais do que de tecnologia. Não existe uma aplicação que cozinhe, que prepare um quarto, que deixe uma marca pessoal. Ainda existem clientes que preferem fazer check-in pessoalmente, contando com um bom atendimento. Acho que a grande mudança trazida pela tecnologia reside na facilidade de distribuição. Por essa razão estamos investindo em um novo website, o Tivoli.com, que será lançado em breve. Também acredito na tecnologia no sentido de responder com eficácia aos comentários e observações que nossos clientes postam em canais como o Tripadvisor. O Brasil é um importante hub para as operações de desenvolvimento das marcas da Minor na América Latina", finaliza.
De acordo com o vice-presidente de desenvolvimento e operações do Minor Hotel Group para a América Latina, Marco Amaral, em entrevista ao Portal PANROTAS, “a marca continuará com o mesmo DNA e a mesma dinâmica, porém com uma estrutura comercial, de distribuição e administração fortalecida pela Minor, com principal objetivo de potencializar a qualidade de seus serviços, trazendo assim, benefícios para colaboradores e clientes”.
PERÍODO CONTURBADO
Para Amaral, a demora na concretização do negócio ocorreu devido “à complexidade dos problemas do Grupo Espírito Santo e também pelo fato de que o risco para o comprador não era óbvio. A Minor teve capacidade de administrar todos os obstáculos com paciência”.
As 14 unidades da marca portuguesa Tivoli pertenciam ao Grupo Espírito Santo, que por sua vez era de propriedade de uma das famílias mais ricas de Portugal. Na época, o Grupo Espírito Santo comandava uma série de empresas financeiras e não-financeiras, com negócios em diversos países do mundo, incluindo o Brasil. No topo das empresas comandadas pela família estava a ES Control, que era dona de 56,5% da Espírito Santo International (ESI), sediada em Luxemburgo.
A ESI era proprietária de 100% da Rio Forte, que reunia ativos do Grupo Espírito Santo, como hotéis, fazendas e empresas de energia. A Rio Forte controlava 49% da Espírito Santo Financial Group (ESFG) que, na época, era a maior acionista do Banco Espírito Santo, com 25% do capital. Todas as empresas estavam dentro do BES, até o banco ter de separar os ativos não-financeiros, por determinação do Banco de Portugal, trazendo à tona os problemas de todas as empresas que se apoiavam financeiramente por meio de empréstimos uma para as outras.
Em seguida, o Banco de Portugal pediu uma auditoria que apontou irregularidades nas contas da Espírito Santo International, levando os órgãos reguladores de Luxemburgo a uma investigação. Em 2008, com o estouro da crise econômica global, o grupo teve prejuízos estimados em 180 milhões de euros. Meses depois, membros da família deixaram o comando do grupo, sendo substituídos por outros executivos.
NOVIDADES
A primeira medida já como donos da marca Tivoli será a renovação dos hotéis Tivoli Marina Vilamoura, Tivoli Oriente e Tivoli Lisboa, nessa ordem, com investimento orçado em 50 milhões de euros. “Para o Brasil, estamos planejando a atualização da unidade Tivoli na Praia do Forte (BA). Essa atualização tem como intuito, colocar o empreendimento no mesmo nível dos melhores do mundo. Também promoveremos melhorias na unidade de São Paulo, uma espécie de refresh”, adianta Amaral.
“A hotelaria precisa de pessoas mais do que de tecnologia. Não existe uma aplicação que cozinhe, que prepare um quarto, que deixe uma marca pessoal. Ainda existem clientes que preferem fazer check-in pessoalmente, contando com um bom atendimento. Acho que a grande mudança trazida pela tecnologia reside na facilidade de distribuição. Por essa razão estamos investindo em um novo website, o Tivoli.com, que será lançado em breve. Também acredito na tecnologia no sentido de responder com eficácia aos comentários e observações que nossos clientes postam em canais como o Tripadvisor. O Brasil é um importante hub para as operações de desenvolvimento das marcas da Minor na América Latina", finaliza.