“Indústria hoteleira é cíclica”, diz Diogo Canteras (Hotel Invest)
Ao apresentar o painel “Perspectivas da Hotelaria no Brasil” durante a 2ª edição da Annual Strategy Conference da HSMai Brasil, realizada hoje, no hotel Pullman São Paulo Ibirapuera, o especialista da Hotel Invest, Diogo Canteras, afirmou que
Ao apresentar o painel “Perspectivas da Hotelaria no Brasil”, durante a 2ª edição da Annual Strategy Conference da HSMai Brasil, realizada hoje, no hotel Pullman São Paulo Ibirapuera, o especialista da Hotel Invest, Diogo Canteras, afirmou que a indústria hoteleira segue um ciclo que inicia “com o desenvolvimento do hotel, o início de sua operação, a queda da ocupação, a queda da tarifa média, notícias de que o País é um mau investimento, a interrupção de novos projetos, a recuperação do mercado, a volta da ocupação e do aumento da tarifa média, e finalmente com isso, novos desenvolvimentos”.
Canteras explicou ainda que os investidores devem enxergar o momento de recuperação como oportunidade para a reformulação e modernização de empreendimentos, bem como, dependendo do cenário, a compra de novos hotéis. O especialista aproveitou o espaço também para uma citação do CEO da Accor Hotels, Patrick Mendes, que diz que “o ano de 2015 foi pior do que o imaginado, impactado diretamente pelo PIB”.
Apesar do aparente pessimismo empregado na frase, Canteras enxerga uma pequena mudança para o próximo ano. “Em 2016, a ocupação média deve aumentar 2%, a diária média cerca de 4% e o Revpar (receita por apartamento) deve ter um aumento de 6,6%. Não que isso signifique muito, aliás, ainda é pouco”, observou.
PETRÓLEO
Para o especialista da Hotel Invest, um dos motivadores do mercado hoteleiro é a indústria petroleira, responsável pelo desempenho de regiões como Santos, no litoral paulista. Mas Canteras vai ainda mais longe em sua análise.
“Em abril e junho do ano passado, o preço do barril de petróleo desmoronou, indo de US$ 114 para US$ 47. Alguns especialistas dizem que este valor não subirá em dez anos e outros dizem que nunca mais o barril do petróleo voltará a valer US$ 114. Isso afeta a indústria de um modo geral, pois o setor hoteleiro, se dependia da indústria petroleira para atingir suas metas em determinadas praças, terá que se reinventar e voltar seu foco para outros mercados”, explicou.
DÓLAR
Outro ponto abordado na apresentação de Canteras foi o dólar. A moeda norte-americana, segundo o especialista, foi responsável pelo incremento que o mercado de lazer recebeu nos últimos meses. “De 2013 a 2015, o dólar foi responsável pelo aumento de 33,4% no faturamento dos resorts. Os resorts ainda estão mais tranqüilos em comparação aos hotéis de negócios.”
RECOMENDAÇÕES
Diogo Canteras encerrou a sua participação com algumas recomendações para o mercado hoteleiro.
“Teremos um período de crise prolongada, então a solução é sim o corte de custos. Deve-se alertar os investidores para um período de baixa rentabilidade. Além disso, ativos hoteleiros ficaram menos arriscados depois do surgimento da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), portanto quando a economia voltar a crescer, a valorização é certa. No mais, devemos trabalhar estratégias de desenvolvimento focadas na criação de valor”, finalizou.
Canteras explicou ainda que os investidores devem enxergar o momento de recuperação como oportunidade para a reformulação e modernização de empreendimentos, bem como, dependendo do cenário, a compra de novos hotéis. O especialista aproveitou o espaço também para uma citação do CEO da Accor Hotels, Patrick Mendes, que diz que “o ano de 2015 foi pior do que o imaginado, impactado diretamente pelo PIB”.
Apesar do aparente pessimismo empregado na frase, Canteras enxerga uma pequena mudança para o próximo ano. “Em 2016, a ocupação média deve aumentar 2%, a diária média cerca de 4% e o Revpar (receita por apartamento) deve ter um aumento de 6,6%. Não que isso signifique muito, aliás, ainda é pouco”, observou.
PETRÓLEO
Para o especialista da Hotel Invest, um dos motivadores do mercado hoteleiro é a indústria petroleira, responsável pelo desempenho de regiões como Santos, no litoral paulista. Mas Canteras vai ainda mais longe em sua análise.
“Em abril e junho do ano passado, o preço do barril de petróleo desmoronou, indo de US$ 114 para US$ 47. Alguns especialistas dizem que este valor não subirá em dez anos e outros dizem que nunca mais o barril do petróleo voltará a valer US$ 114. Isso afeta a indústria de um modo geral, pois o setor hoteleiro, se dependia da indústria petroleira para atingir suas metas em determinadas praças, terá que se reinventar e voltar seu foco para outros mercados”, explicou.
DÓLAR
Outro ponto abordado na apresentação de Canteras foi o dólar. A moeda norte-americana, segundo o especialista, foi responsável pelo incremento que o mercado de lazer recebeu nos últimos meses. “De 2013 a 2015, o dólar foi responsável pelo aumento de 33,4% no faturamento dos resorts. Os resorts ainda estão mais tranqüilos em comparação aos hotéis de negócios.”
RECOMENDAÇÕES
Diogo Canteras encerrou a sua participação com algumas recomendações para o mercado hoteleiro.
“Teremos um período de crise prolongada, então a solução é sim o corte de custos. Deve-se alertar os investidores para um período de baixa rentabilidade. Além disso, ativos hoteleiros ficaram menos arriscados depois do surgimento da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), portanto quando a economia voltar a crescer, a valorização é certa. No mais, devemos trabalhar estratégias de desenvolvimento focadas na criação de valor”, finalizou.