Diego Verticchio   |   24/11/2015 22:43

Ano difícil marca hotelaria do Rio, diz ABIH-RJ

Somado a estes problemas têm os novos hotéis que foram inaugurados, fazendo com que a oferta de quartos chegasse a pouco mais de 50 mil leitos

A hotelaria do Rio viveu em 2015 um ano de muitas dificuldades. As crises política e econômica, atrelado ao problema com a Petrobras, fizeram da hotelaria da cidade um ano de desafios. Somado a estes problemas têm os novos hotéis que foram inaugurados, fazendo com que a oferta de quartos chegasse a pouco mais de 50 mil leitos. Mesmo diante de tantas adversidades, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ) e do Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB), Alfredo Lopes (foto), enxerga motivos para comemorar.

“Um ano de muito trabalho. Agora vamos planejar para buscarmos melhores resultados nos próximos anos”, afirmou Lopes, durante seu discurso na festa de confraternização da ABIH-RJ e Rio CVB, realizada no hotel Sheraton Rio, na noite de terça-feira (24/11).

Segundo ele, a crise econômica fez com que diminuísse consideravelmente o número de viagens corporativas. “O dólar subiu, mas os turistas internos não vieram na proporção que imaginávamos. Somado a isso, tem o fato de não termos recebido mais turistas internacionais. É um problema de política pública e o Brasil não é vendido corretamente no exterior, logo não temos mais turistas internacionais vindo para o País”, disse. A ABIH-RJ aposta fechar o ano com 74% de taxa de ocupação, mas para isso é preciso que a ocupação do Réveillon do Rio seja próximo de 85% ou mais.

Para 2016 ele acredita que será um ano de retração e a hotelaria carioca deve continuar sentindo os efeitos desta crise. A expectativa é que até o início dos Jogos Olímpicos a cidade tenha cerca de 60 mil quartos de hotéis.

“Ano que vem será mais um ano difícil para a hotelaria nacional. O Rio se salva por conta dos Jogos Olímpicos, mas o evento dura um mês, depois teremos 11 meses do ano para manter a ocupação aquecida”, concluiu.

Rio CVB
Alfredo Lopes destacou, no entanto, o trabalho que vem sendo realizado pelo Rio Convention & Visitors Bureau. Ele destacou a liderança do diretor Michael Nagy e da equipe do CVB; lembrou dos esforços que o Rio CVB, em conjunto com Riotur, está tendo em promover a Barra da Tijuca e toda infraestrutura da região.

“Temos que aproveitar os Jogos Olímpicos e fazer negócios na cidade, falar para o mercado internacional e pegar este gancho e promover novas oportunidades para a cidade”, concluiu.

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