Artur Luiz Andrade   |   08/04/2015 10:53

Vendas corporativas caem 10% na Accor Brasil

De janeiro a março, o fluxo de hóspedes corporativos nos hotéis da rede Accor no Brasil caiu de 8% a 10%, segundo estimativas de Patrick Mendes, novo CEO da rede hoteleira na América do Sul (a partir de 1º de julho), substituindo Roland de Bonadona.

De janeiro a março, o fluxo de hóspedes corporativos nos hotéis da rede Accor no Brasil caiu de 8% a 10%, segundo estimativas de Patrick Mendes, novo CEO da rede hoteleira na América do Sul (a partir de 1º de julho), substituindo Roland de Bonadona.

A crise econômica brasileira, segundo ele, não afetou os contratos de novos hotéis já assinados (não houve cancelamentos), mas pode haver um atraso de alguns meses em alguns projetos, o que ele considera natural nesse momento. “Como disse nosso CEO, a relação da Accor com o Brasil é de longo prazo”, afirmou mendes. A rede tem 250 hotéis na América do Sul e mais 200 em construção ou com contrato assinado.

Para o CEO, Sebastien Bazin, a crise brasileira parece ser mais de governança do que econômica. “Estamos otimistas e seremos facilitadores para ajudar a economia a voltar ao eixo, especialmente no turismo. O Brasil é a maior economia da América Latina e vai continuar sendo”, declarou.

Nos hotéis do Rio de Janeiro, Mendes afirma que a rede sente um fluxo maior de hóspedes a lazer, incluindo estrangeiros, que aproveitam o câmbio mais favorável a eles. Nada, porém, que compense por completo a perda com o corporativo. “Mesmo em São Paulo vemos uma maior procura por parte de estrangeiros, a recuperação da Europa é boa para o Brasil neste momento”, disse ao Portal PANROTAS.

Alemanha e Reino Unido são os países que se encontram em melhor posição na Europa pós-crise, com a França ainda vivendo um momento difícil.

AQUISIÇÕES E PARCERIAS
Perguntado sobre possíveis aquisições ou novas parcerias no Brasil (havia um boato em relação a uma negociação com a marca Blue Tree e recentemente a Accor passou a vender em seu site hospedagem no Maksoud Plaza), Sebastien Bazin disse que não há assuntos tabus na Accor, mas que nada há no pipeline sobre esse tema. “Temos dinheiro, pulamos de uma empresa de seis bilhões de euros para 12 bilhões de euros em valor de mercado, chegando ao nível das grandes americanas, e temos de ter a mente aberta para as oportunidades na hotelaria e até no mundo digital, com OTAs e metabuscadores. Temos o poder financeiro no momento e precisamos saber tirar vantagens das oportunidades”.

RESULTADOS
No ano passado, os hotéis com bandeira Accor no Brasil, entre próprios, administrados e franquias, registraram um volume de atividades de R$ 2,2 bilhões, incremento de 7,3%. O crescimento do Revpar foi de apenas 2%, bem abaixo da inflação, por exemplo. O motivo foi a desaceleração econômica e não a Copa do Mundo. Para 2015 a Accor pretende aumentar a movimentação no Brasil para R$ 2,5 bilhões.

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