Claudio Schapochnik   |   27/03/2015 11:56

Setor de massas, pães e bolos industrializados fatura R$ 32,2 bi

A Associação Brasileira das Indústrias Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos industrializados (Abimapi), em parceria com a consultoria Nielsen, informa que as categorias representadas pela entidade movimentaram um total de R$ 32,2 bilhões em 2014 – crescimento de 11,5% em relação a 2013

A Associação Brasileira das Indústrias Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos industrializados (Abimapi), em parceria com a consultoria Nielsen, informa que as categorias representadas pela entidade movimentaram um total de R$ 32,2 bilhões em 2014 – crescimento de 11,5% em relação a 2013.

Em volume o setor se manteve estável, com cerca de 3,3 milhões de toneladas vendidas, assim como no consumo per capita, na casa dos 17 quilos/ano.

BISCOITOS
O faturamento das indústrias de biscoitos cresceu 10,56%, atingindo a marca dos R$ 19,6 bilhões em 2014. Assim como o setor em um todo, esta categoria mostrou estabilidade em relação ao volume – mantendo-se em 1,7 milhão de tonelada – e ao consumo per capita, com 8,4 quilos/ano.

“Os dados refletem o comportamento do consumidor que diminuiu sua frequência de compras, mas incluiu na cesta de alimentos produtos com alto valor agregado, como por exemplo os cookies e os doces especiais”, explica o presidente executivo da Abimapi, Claudio Zanão.

Esses dois tipos de biscoitos, inclusive, são os principais impulsionadores para o crescimento da categoria e registraram aumento de 23% e de 3,5% em volume de vendas, respectivamente.

MASSAS ALIMENTÍCIAS
O mercado de massas alimentícias movimentou R$ 8 bilhões, registrando um aumento de 10,35% frente ao faturamento de 2013.

Diferentemente dos dois últimos anos, quando a massas frescas apresentaram maior crescimento, desta vez a alta foi alavancada principalmente pelos segmentos das instantâneas (12,3%) e das secas (9,6%), com faturamentos de R$ 2,5 bilhões e R$ 4,8 bilhões, cada um.

O crescimento no faturamento reflete a aceleração da alta de custos, principalmente do trigo, no setor de massas alimentícias. “Diversidades climáticas tiveram impacto significativo sobre a indústria de alimentos no mundo. As commodities ficaram mais caras e os fabricantes tiveram que repassar ao preço final os aumentos das matérias-caras. No entanto, no caso do macarrão o impacto no consumo foi baixo uma vez que se trata de um produto muito barato”, diz Zanão

Assim como nos últimos anos, o Brasil permanece como terceiro consumidor mundial de massas, com 1,275 milhão de toneladas, atrás dos Estados Unidos e da Itália, primeira no ranking. O consumo per capta em 2014 manteve-se em 6 quilos/ano.

PÃES E BOLOS INDUSTRIALIZADOS
O cenário da categoria de pães e bolos industrializados também foi positivo em 2014. Os chamados “pães de fôrma” expandiram em 19% o faturamento em relação a 2013, atingindo R$ 3,8 bilhões.

Em volume, o aumento foi de 7,6% alcançando a marca de 358,3 mil toneladas; o consumo per capita registrado chegou aos 2,3 quilos/ano. As comparações destes mesmos dados com os referentes a 2012, mostram a crescimento de 9,5% nas vendas e 32% no faturamento.

Em relação aos bolos industrializados, o segmento evoluiu 14% no faturamento no ano passado em relação ao anterior, totalizando R$ 685 milhões. O valor é 32% superior ao registrado há três anos. Em volume, o total de vendas em 2014 atingiu 31,3 mil toneladas, ou seja, aumento de 8% em relação a 2013. Nos últimos três anos, o volume total de vendas do produto expandiu cerca de 13,6%.

“Esta última categoria ainda representa um mercado pequeno e tem muito espaço para crescer. Enquanto os biscoitos e as massas alimentícias têm penetração de 99,6% nos lares brasileiros, os pães e bolos industrializados apresentam 76,2% e 50,7%, respectivamente”, conclui Zanão.

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