Magda Nassar: Turismo de nicho, destinos, feiras e mercado
Presidente do Braztoa, Magda Nassar deu entrevista exclusiva ao Portal PANROTAS e contou algumas de suas observações a respeito do futuro do Turismo, tratando de temas como segmentação, destinos, mercado e feiras; veja tudo aqui
BELO HORIZONTE - A série de eventos do Experiência Braztoa chegou ao fim com a edição da região Sudeste ocorrida nesta terça (22), em Belo Horizonte. Presidida por Magda Nassar, a Braztoa sai, segundo ela, "completamente satisfeita" com os resultados, que permitiram, no total, que cerca de dois mil agentes negociassem diretamente com suas operadoras associadas, sendo cerca 320 apenas na capital mineira.
Magda Nassar relatou ao Portal PANROTAS algumas conclusões tiradas do ano a respeito de feiras de Turismo, modos de se vender destinos, segmentação em nichos e momento do mercado. Confira abaixo:
EXPERIÊNCIA TAMBÉM PARA OS AGENTES
Começando com um tema ligado ao Experiência Braztoa, um dos pontos levantados por Magda é a importância de se oferecer, nas próprias feiras de Turismo, experiências de destinos. "Não é apenas para o cliente final que se deve oferecer a experiência, mas também para os agentes. Trouxemos hoje, por exemplo, um brunch para mostrar a culinária argentina, além de artesanatos de Minas Gerais e um grupo de forró para trazer um pouco da música mineira", exemplificou a presidente da associação.
"Com isso, o agente tem muito mais propriedade para vender o produto para o consumidor final. O turista não quer mais ver tudo da janelinha do ônibus, mas sim experimentar o lugar. As operadoras estão começando a vender experiências gastronômicas e culturais, por exemplo. Assim, queremos mostrar para o trade que há uma forma diferente de se vender Turismo, não apenas por pacotes, mas dando um gostinho do local da viagem para o consumidor", resumiu Magda Nassar.
A CEO do Braztoa, Mônica Samia, concordou com a presidente da entidade. "Turistas não querem mais uma coisa enlatada, querem a experiência, e é isso que irá nortear os negócios do Turismo daqui pra frente", acredita.
Também a respeito das feiras de Turismo, Magda defende uma maior interação entre agente e operador, e usa o próprio Experiência Braztoa como exemplo, tratando-o mais como um "encontro de negócios" do que uma feira em si. "Não que as feiras de Turismo não funcionem, mas não podemos mais nos limitar a passar de balcão em balcão pegando folhetos. É aí que entra o diferencial Experiência Braztoa: agências e operadoras interagem por meio de rodadas de negócios e apresentações interativas de destinos e produtos", explicou Magda.
DIFERENTES FACES DE UM MESMO DESTINO
Outro ponto apontado por Magda foi a necessidade de se fugir de um conceito pré-definido de cada destino: explorar diferentes facetas de uma mesma região é essencial, mesmo que ela seja marcada apenas por um tipo de Turismo. E um exemplo claro disso, na visão dela, é a própria Belo Horizonte. "Muitos enxergam a capital mineira como um forte destino para turismo corporativo. Sim, a cidade tem potencial no mercado empresarial, mas isso não pode excluir as outras tantas características tanto de Belo Horizonte como do Estado de Minas Gerais", argumenta.
"Os destinos têm a capacidade de se vestir de diferentes tipos de viagens, se adequar à necessidade do turista, e o agente tem de ter a capacidade de dar a consultoria necessária para o consumidor quanto a essa variedade de possibilidades que o este lugar carrega", acrescentou.
Para ela, saber os diferentes atrativos de um mesmo destino pode ser um dos grandes diferenciais na hora de vender produtos, uma vez que famílias, casais ou amigos viajando juntos podem ter preferências distintas. Assim, programas e opções devem ser também distintas, agradando não a um, mas a todos os viajantes, cada qual com seu estilo.
TURISMO DE NICHO?
Sim, mas sem se limitar em um só. O Turismo de nicho tem sido cada vez mais comentado no trade como uma possibilidade de se diferenciar dos concorrentes, em tempos em que a inovação é vista como essencial. Para Magda, porém, deve-se tomar cuidado: operadoras de grande e médio porte, segundo ela, não podem se limitar a vender apenas um tipo de viagem, correndo o risco de não alcançar maiores mercados.
"Estamos em um momento do Turismo em que temos que fazer de tudo para sermos bem vistos. Claro, com especialização, mas sem se fechar para outros mercados. Uma coisa é dividir seus produtos internamente, com uma área especializada e responsável por cada nicho em particular, outra é basear toda sua operação em um só tipo de produto", explicou a presidente do Braztoa. "É melhor tem uma operação bem especializada do que focar em apenas um nicho. Operadora que foca em apenas um tipo não vai longe", finalizou a também empresária.
MOMENTO DO MERCADO?
"Bom, mas ainda longe de estar ótimo", simplificou Magda Nassar. Para ela, 2017 representa, sim, uma retomada em relação a 2016, e números prévios já indicam resultados melhores que do ano passado, quando as vendas de suas operadoras associadas tiveram um aumento de apenas 3%. "E isso graças ao Turismo doméstico, que aumentou na época da crise, enquanto viagens internacionais tiveram uma queda de 20% no ano", alertou.
Magda Nassar relatou ao Portal PANROTAS algumas conclusões tiradas do ano a respeito de feiras de Turismo, modos de se vender destinos, segmentação em nichos e momento do mercado. Confira abaixo:
EXPERIÊNCIA TAMBÉM PARA OS AGENTES
Começando com um tema ligado ao Experiência Braztoa, um dos pontos levantados por Magda é a importância de se oferecer, nas próprias feiras de Turismo, experiências de destinos. "Não é apenas para o cliente final que se deve oferecer a experiência, mas também para os agentes. Trouxemos hoje, por exemplo, um brunch para mostrar a culinária argentina, além de artesanatos de Minas Gerais e um grupo de forró para trazer um pouco da música mineira", exemplificou a presidente da associação.
"Com isso, o agente tem muito mais propriedade para vender o produto para o consumidor final. O turista não quer mais ver tudo da janelinha do ônibus, mas sim experimentar o lugar. As operadoras estão começando a vender experiências gastronômicas e culturais, por exemplo. Assim, queremos mostrar para o trade que há uma forma diferente de se vender Turismo, não apenas por pacotes, mas dando um gostinho do local da viagem para o consumidor", resumiu Magda Nassar.
A CEO do Braztoa, Mônica Samia, concordou com a presidente da entidade. "Turistas não querem mais uma coisa enlatada, querem a experiência, e é isso que irá nortear os negócios do Turismo daqui pra frente", acredita.
Também a respeito das feiras de Turismo, Magda defende uma maior interação entre agente e operador, e usa o próprio Experiência Braztoa como exemplo, tratando-o mais como um "encontro de negócios" do que uma feira em si. "Não que as feiras de Turismo não funcionem, mas não podemos mais nos limitar a passar de balcão em balcão pegando folhetos. É aí que entra o diferencial Experiência Braztoa: agências e operadoras interagem por meio de rodadas de negócios e apresentações interativas de destinos e produtos", explicou Magda.
DIFERENTES FACES DE UM MESMO DESTINO
Outro ponto apontado por Magda foi a necessidade de se fugir de um conceito pré-definido de cada destino: explorar diferentes facetas de uma mesma região é essencial, mesmo que ela seja marcada apenas por um tipo de Turismo. E um exemplo claro disso, na visão dela, é a própria Belo Horizonte. "Muitos enxergam a capital mineira como um forte destino para turismo corporativo. Sim, a cidade tem potencial no mercado empresarial, mas isso não pode excluir as outras tantas características tanto de Belo Horizonte como do Estado de Minas Gerais", argumenta.
"Os destinos têm a capacidade de se vestir de diferentes tipos de viagens, se adequar à necessidade do turista, e o agente tem de ter a capacidade de dar a consultoria necessária para o consumidor quanto a essa variedade de possibilidades que o este lugar carrega", acrescentou.
Para ela, saber os diferentes atrativos de um mesmo destino pode ser um dos grandes diferenciais na hora de vender produtos, uma vez que famílias, casais ou amigos viajando juntos podem ter preferências distintas. Assim, programas e opções devem ser também distintas, agradando não a um, mas a todos os viajantes, cada qual com seu estilo.
TURISMO DE NICHO?
Sim, mas sem se limitar em um só. O Turismo de nicho tem sido cada vez mais comentado no trade como uma possibilidade de se diferenciar dos concorrentes, em tempos em que a inovação é vista como essencial. Para Magda, porém, deve-se tomar cuidado: operadoras de grande e médio porte, segundo ela, não podem se limitar a vender apenas um tipo de viagem, correndo o risco de não alcançar maiores mercados.
"Estamos em um momento do Turismo em que temos que fazer de tudo para sermos bem vistos. Claro, com especialização, mas sem se fechar para outros mercados. Uma coisa é dividir seus produtos internamente, com uma área especializada e responsável por cada nicho em particular, outra é basear toda sua operação em um só tipo de produto", explicou a presidente do Braztoa. "É melhor tem uma operação bem especializada do que focar em apenas um nicho. Operadora que foca em apenas um tipo não vai longe", finalizou a também empresária.
MOMENTO DO MERCADO?
"Bom, mas ainda longe de estar ótimo", simplificou Magda Nassar. Para ela, 2017 representa, sim, uma retomada em relação a 2016, e números prévios já indicam resultados melhores que do ano passado, quando as vendas de suas operadoras associadas tiveram um aumento de apenas 3%. "E isso graças ao Turismo doméstico, que aumentou na época da crise, enquanto viagens internacionais tiveram uma queda de 20% no ano", alertou.