Renê Castro   |   13/08/2015 10:18

COI descarta testes de vírus nas águas da Rio 2016

O Comitê Olímpico Internacional (COI) descartou ontem (12) a possibilidade de fazer testes para identificação de vírus nas águas dos locais de competição dos Jogos de 2016. O diretor executivo do COI, Christophe Dubi, disse que o teste de bactéria basta para avaliar a qualidade da balneabilidade da

DA AGÊNCIA BRASIL

O Comitê Olímpico Internacional (COI) descartou ontem (12) a possibilidade de fazer testes para identificação de vírus nas águas dos locais de competição dos Jogos de 2016. O diretor executivo do COI, Christophe Dubi, disse que o teste de bactéria basta para avaliar a qualidade da balneabilidade da Lagoa Rodrigo de Freitas, de Copacabana e da Baía de Guanabara.

"O teste de bactéria é o mais apropriado e continuará a ser usado. A resposta dos testes, até o momento, é que a qualidade da água é segura para os atletas”, declarou Dubi. Sobre a promessa não cumprida pelo Brasil de despoluir 80% da Baía de Guanabara, ele disse que o mais importante, desde o início, era garantir níveis aceitáveis de balneabilidade das águas. Perguntado se daria um mergulho na baía, como havia dito anteriormente à imprensa, ele apenas sorriu. Já a presidente da Comissão de Coordenação do COI para os Jogos de 2016, Nawal El Moutawakel, convidou todos os presentes a um mergulho coletivo.

Ela se disse muito satisfeita com o que viu nos três dias de inspeção. “Estou muito orgulhosa e feliz por ver o alto nível da preparação para os eventos-testes. Os brasileiros devem estar orgulhosos pelos eventos-testes que ocorreram na semana passada. Não vi nenhum problema relevante. É fantástico ver as instalações do Parque Olímpico, seis anos depois, tornarem-se realidade.”

Se as obras não são mais uma preocupação importante para o COI, o mesmo não se pode dizer sobre o planejamento operacional. Sem entrar em detalhes, os dirigentes lembraram que serão mais de 20 eventos-testes previstos até o início dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos que vão necessitar de planejamento exaustivo e minucioso. “Teremos cerca de 150 mil credenciamentos, milhares de contratos, milhares de pessoas ainda a serem contratadas. Tudo isso requer muitos detalhes”, comentou Dubi.

Para Nawal, a crise econômica e política não traz, ou trará, nenhum prejuízo aos Jogos de 2016. “O apoio da população aos Jogos, apesar da crise política e econômica é um ponto importante para nós. Estamos cientes dos problemas pelos quais o país passa, mas temos tido apoio da população pelo país afora, e isso é muito importante", disse ela.

Nawal ironizou a suspeita levantada por alguns meios de comunicação de que a poluição da Lagoa Rodrigo de Freitas teria contaminado atletas estrangeiros nesta semana. “O técnico, que sequer entrou na Lagoa, também passou mal e um dos atletas que entrou não ficou doente”, afirmou.

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