Boiteux escreve sobre tema da OMT para Dia do Turismo
O professor Bayard do Couto Boiteux, diretor da faculdade de turismo da UniverCidade, do Rio de Janeiro, trata dos riscos ambientais em artigo que lembra o tema escolhido pela Organização Mundial do Turismo (OMT) para comemorar o Dia Mundial do Turismo: a biodiversidade.
O professor Bayard do Couto Boiteux, diretor da faculdade de turismo da UniverCidade, do Rio de Janeiro, trata dos riscos ambientais em artigo que lembra o tema escolhido pela Organização Mundial do Turismo (OMT) para comemorar o Dia Mundial do Turismo: a biodiversidade. Além de diretor na UniverCidade, Boiteux é também presidente do site Consultoria em Turismo-Bayard Boiteux (www.baiyarboiteux.pro.br). Leia, abaixo, a íntegra do artigo:
“O Dia Mundial do Turismo e a biodiversidade
Estaremos comemorando hoje,segunda-feira,dia 27 de setembro,o dia mundial do turismo. A data que é celebrada anualmente sob os auspícios da Organização Mundial do Turismo,agência especializada em Turismo da ONU escolhe um tema e um país para dita comemoração. Em 2010, o tema escolhido foi a biodiversidade e o país, a China, paradoxalmente, um dos que mais polui a humanidade.
É sempre importante ressaltar que a biodiversidade que se traduz nos diferentes ecossistemas como pantanais, savanas, desertos, mares, zonas polares se apresenta como um grande diferencial,no momento da escolha de um destino turístico. O turista busca justamente na natureza uma forma para repor as suas energias, visto que grande parte dos que viajam, vivem em grandes centros urbanos. Há, cada vez mais, uma preocupação real com a proteção e preservação dos atrativos naturais, bem dimensionada no código de Etica Mundial do Turismo, que justamente busca o desenvolvimento sustentável de nosso potencial natural.
Ficamos preocupados quando verificamos que recentes estudos apontam a ameaça ou perigo de extinção de 22% dos mamíferos, 31% dos anfíbios, 13,6% das aves e 27% dos recifes. Hoje, há campanhas promocionais que convidam consumidores a visitarem polos turísticos, antes que eles acabem.Por outro lado, para reforçar tal ideia, estamos confinados num mundo onde três grandes perigos nos assolam, a saber: a mudança climática, a desertificação e a perda da biodiversidade. O novo consumidor turístico mais qualitativo passa a atentar realmente para prestadores de serviços preocupados com a preservação da vida e das condições de utilização da água e capacidade de carga dos locais visitados. O Brasil, por exemplo tem uma legislação de meio ambiente avançada mas falta muita fiscalização e sobretudo desenvolvimento de políticas para o futuro e não meras ações capitalistas imediatistas.
Nosso país tem um quinto da biodiversidade mundial, com 50 mil espécies de plantas, cinco mil vertebrados, de 10 a 15 milhões de insetos e milhões de microorganismos. A Amazônia é considerada o pulmão da humanidade e está infestada de ONGs que se aproveitam dos espaços deixados pelo poder público nacional para, inclusive, adquirir terras para futuros refúgios de seus nacionais.
Temos muito para comemorar no dia 27: captação de três grandes eventos esportivos, os jogos militares, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, fruto de um trabalho de vários governos e da iniciativa privada turística, que finalmente resolveu assumir um papel de discussão dos rumos do turismo e surgem lideranças que não querem apenas bajular autoridades constituídas, mas buscar a construção de soluções coletivas para o turismo brasileiro.
Por outro lado, o País recebe cada vez menos turistas estrangeiros, tem uma infraestrutura aeroportuária deficiente e não consegue acompanhar as novas tendências mundiais como as empresas aéreas de baixo custo, baixo preço, a política de céus abertos e a consolidação de destinos voltados para o turista que viaja por conta própria.
Enfim, dia 27 de setembro não pode passar desapercebido e deve mais uma vez nortear nossas reflexões para fazer do turismo uma atividade sustentável, capaz de aproximar povos, pessoas e trazer felicidade. Afinal, apesar de tudo, somos ainda um dos povos mais felizes do mundo...."
“O Dia Mundial do Turismo e a biodiversidade
Estaremos comemorando hoje,segunda-feira,dia 27 de setembro,o dia mundial do turismo. A data que é celebrada anualmente sob os auspícios da Organização Mundial do Turismo,agência especializada em Turismo da ONU escolhe um tema e um país para dita comemoração. Em 2010, o tema escolhido foi a biodiversidade e o país, a China, paradoxalmente, um dos que mais polui a humanidade.
É sempre importante ressaltar que a biodiversidade que se traduz nos diferentes ecossistemas como pantanais, savanas, desertos, mares, zonas polares se apresenta como um grande diferencial,no momento da escolha de um destino turístico. O turista busca justamente na natureza uma forma para repor as suas energias, visto que grande parte dos que viajam, vivem em grandes centros urbanos. Há, cada vez mais, uma preocupação real com a proteção e preservação dos atrativos naturais, bem dimensionada no código de Etica Mundial do Turismo, que justamente busca o desenvolvimento sustentável de nosso potencial natural.
Ficamos preocupados quando verificamos que recentes estudos apontam a ameaça ou perigo de extinção de 22% dos mamíferos, 31% dos anfíbios, 13,6% das aves e 27% dos recifes. Hoje, há campanhas promocionais que convidam consumidores a visitarem polos turísticos, antes que eles acabem.Por outro lado, para reforçar tal ideia, estamos confinados num mundo onde três grandes perigos nos assolam, a saber: a mudança climática, a desertificação e a perda da biodiversidade. O novo consumidor turístico mais qualitativo passa a atentar realmente para prestadores de serviços preocupados com a preservação da vida e das condições de utilização da água e capacidade de carga dos locais visitados. O Brasil, por exemplo tem uma legislação de meio ambiente avançada mas falta muita fiscalização e sobretudo desenvolvimento de políticas para o futuro e não meras ações capitalistas imediatistas.
Nosso país tem um quinto da biodiversidade mundial, com 50 mil espécies de plantas, cinco mil vertebrados, de 10 a 15 milhões de insetos e milhões de microorganismos. A Amazônia é considerada o pulmão da humanidade e está infestada de ONGs que se aproveitam dos espaços deixados pelo poder público nacional para, inclusive, adquirir terras para futuros refúgios de seus nacionais.
Temos muito para comemorar no dia 27: captação de três grandes eventos esportivos, os jogos militares, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, fruto de um trabalho de vários governos e da iniciativa privada turística, que finalmente resolveu assumir um papel de discussão dos rumos do turismo e surgem lideranças que não querem apenas bajular autoridades constituídas, mas buscar a construção de soluções coletivas para o turismo brasileiro.
Por outro lado, o País recebe cada vez menos turistas estrangeiros, tem uma infraestrutura aeroportuária deficiente e não consegue acompanhar as novas tendências mundiais como as empresas aéreas de baixo custo, baixo preço, a política de céus abertos e a consolidação de destinos voltados para o turista que viaja por conta própria.
Enfim, dia 27 de setembro não pode passar desapercebido e deve mais uma vez nortear nossas reflexões para fazer do turismo uma atividade sustentável, capaz de aproximar povos, pessoas e trazer felicidade. Afinal, apesar de tudo, somos ainda um dos povos mais felizes do mundo...."