Da Redação   |   29/05/2010 00:11

Atriz da Globo testa acessibilidade do 5º Salão

A atriz da novela Caras e Bocas, da rede Globo, Danieli Haloten, com deficiência visual, visitou ontem o 5º Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, que ocorre até amanhã no Anhembi, em São Paulo, para participar de debate do Núcleo de Conhecimento com o tema “Turismo acessível: um desafio possível”.

A atriz da novela Caras e Bocas, da rede Globo, Danieli Haloten, com deficiência visual, visitou ontem o 5º Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, que ocorre até amanhã no Anhembi, em São Paulo, para participar de debate do Núcleo de Conhecimento com o tema “Turismo acessível: um desafio possível”. A atriz dividiu o espaço com Dadá Moreira, da ONG Aventura Especial, e Jefferson Maia, do projeto Praia para Todos, ambos cadeirantes. O debate foi mediado pela representante da subsecretaria da Pessoa com Deficiência, vinculada à Secretaria de Direitos Humanos, Flávia Vital.

O debate levantou um alerta para os empresários de turismo: quem não se adaptar, perderá clientes. “O deficiente físico tem de ser visto como um consumidor. Ele é um consumidor ávido, porque não encontra produtos no mercado”, disse o diretor da ONG, Dadá Moreira. A atriz ressaltou a importância da acessibilidade para a qualidade de vida de todos. “O desenho universal é fundamental. Ele inclui toda a sociedade. Uma cidade adaptada é boa para todos os seus cidadãos”, disse.

Além de apresentar o projeto Praia para Todos, que ganhou destaque recentemente por sua apresentação na novela Viver a Vida, também da rede Globo, apresentado pela personagem Luciana, cadeirante vivida pela atriz Alinne Moraes, Maia contou a história do projeto, criado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e que se tornou itinerante. Com a chegada do inverno, o Praia para Todos será encerrado hoje, no Piscinão de Ramos, no Rio. “No projeto, não oferecemos apenas o acesso à praia, ao mar, mas às atividades ligadas a esse ambiente. Temos a prática do handbike, de vôlei sentado, entre outros”, explicou.

A representante da Secretaria da Pessoa com Deficiência, Flávia Vital, lembrou que o Brasil não está atrasado em relação a outros países em questões de acessibilidade, mas vive também nesse setor as diferenças que caracterizam o país. “Acontece que o Brasil é o país das diferenças, então há várias situações em cada localidade. Estive em Campinas (SP) recebentemente, em um hotel bastante simples, mas totalmente adaptado. Em compensação, há hotéis luxuosos que não têm o mínimo para receber um deficiente”, disse.

CONHECENDO O SALÃO
Antes do debate promovido no Núcleo de Conhecimento, Danieli Haloten e Dadá Moreira visitaram o 5º Salão do Turismo. A primeira parada foi para apresentação do Portal de Hospedagem adaptado aos deficientes visuais, que foi testado por Danieli. A segunda visita foi ao estande Aventura Segura, parceria entre a Associação Brasileira de Empresas de Turismo de Aventura e Ecoturismo (Abeta), o Ministério do Turismo e o município de Socorro, no interior de São Paulo. Ali, ambos visitaram a Trilha dos Sentidos, depois de ouvirem as explicações do representante da Abeta, Leonardo Persi, que explicou os trabalhos desenvolvidos pela Abeta e o MTur para garantir a acessibilidade dos destinos e atrações turísticas. Danieli elogiou as iniciativas, tanto do debate no Núcleo de Conhecimento quanto da instalação de atividades adaptadas dentro do Salão. “O fato das pessoas estarem preocupadas em ouvir nossas necessidades já é um primeiro passo”, disse.

Hoje, Dadá Moreira autografa o livro “Turismo de Aventura Especial”, que será lançado às 19h na área do Núcleo de Conhecimento, dentro das atividades do 5º Salão. Dividido em duas partes, o livro apresenta a história de vida de Dadá Moreira na primeira metade, reunindo as experiências do autor com a criação da ONG Aventura Especial na segunda parte do livro.

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