Renato Machado   |   09/11/2016 11:05

Desemprego: jovens foram os mais afetados em 2016

O Instituto Nacional de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta terça-feira, sua 61ª edição de boletim que traça o panorama sobre o mercado de trabalho no primeiro semestre de 2016. No texto, o Ipea afirma que, “em termos agregados, os princip

O Instituto Nacional de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta terça-feira, sua 61ª edição do boletim que traça o panorama sobre o mercado de trabalho. No texto relativo ao primeiro semestre de 2016, o Ipea afirma que, “em termos agregados, os principais indicadores do mercado de trabalho brasileiro apontam para um quadro preocupante."

A evolução ano a ano da taxa de desemprego no Brasil mostra que, desde 2012, tal valor nunca havia chegado aos 9%. No entanto, em 2016, foi diferente: “a taxa de desemprego apresentou um valor médio de 11,1%, ficando três pontos percentuais acima do verificado para o primeiro semestre de 2015, quando registrou 8,1%."

Na desagregação por faixa etária, nota-se que os jovens foram os mais prejudicados com as altas de desemprego. Dentre os 14 e 24 anos, o salto na taxa foi de 7,2 pontos percentuais – subindo de 19,3% para 26,5%. Também houve aumento nas taxas de desemprego das faixas seguintes, de forma mais branda vale ressaltar. Para adultos (25 a 59 anos), o aumento foi de 2,1 pp; já para os idosos (+60 anos), alta de 1,2 ponto.

Em roxo, taxa de desemprego em 2016 passa dos 11%
Em roxo, taxa de desemprego em 2016 passa dos 11%
A análise afirma que, “do ponto de vista quantitativo, a geração de postos de trabalho diminuiu, bem como a qualidade dos postos tem piorado nos últimos meses, ao menos nas dimensões captadas pelo rendimento e pela informalidade”.

Geograficamente o boletim mostra que o Nordeste foi a região mais afetada pelas altas de desemprego, chegando a 13%. No entanto, o maior aumento em comparação com o primeiro semestre de 2015 aconteceu no Sudeste, variação de 3,4 pontos percentuais – crescimento de 8,1% para 11,5%.

Por fim, o instituto afirma que “o mais grave, tomando a massa salarial como indicador da demanda agregada, é que não parece haver indícios de que o processo de deterioração esteja perdendo fôlego, o que torna difícil uma reversão de tendência no futuro imediato."

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