Embraer inicia plano de demissão voluntária; confira

A Embraer apresentou o Plano de Demissão Voluntária (PDV) aos funcionários das cinco unidades existentes no Brasil ontem (17). Válida de 23 de agosto a 14 de setembro, a ação faz parte de um pacote de medidas para reduzir as despesas da fabricante de aviões em US$ 200 milhões ao ano.

Atualmente, a companhia possui 17 mil colaboradores no País, sendo 12,3 mil na matriz situada em São José dos Campos (SP). Ainda não se sabe quantos trabalhadores devem ser demitidos, mas os desligamentos estão marcados para começar em 1º de outubro.


Segundo o plano lançado pela Embraer, qualquer funcionário pode aderir à medida, inclusive aqueles que ocupam cargos de chefia. O PDV oferece bônus de 40% do salário por ano trabalhado, além de convênio médico e odontológico por mais seis meses.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos já teve acesso à proposta, se posicionou contra devido ao aumento de demissões e chamou a empresa de “intransigente”. Em nota oficial, a organização disse que conversará com os colaboradores para pensar em alguma possibilidade que evite cortes.

PREJUÍZO
A decisão da Embraer é fruto das dificuldades enfrentadas pela aviação executiva nos últimos meses. Prejuízos, alta concorrência e baixa demanda influenciaram diretamente o lançamento do PDV.

No segundo trimestre deste ano, a fabricante registrou um rombo de R$ 337,3 milhões. A receita líquida até chegou a crescer 2,4% (um total de R$ 4,8 bilhões), em comparação a 2015 , mas não foi o suficiente para contornar o cenário ruim.

No início de 2016, a meta era entregar de 105 a 125 jatos leves e de 115 a 135 jatos grandes para a indústria. Agora, a previsão é que a companhia entregue de 70 a 80 unidades de jatos leves e de 35 a 45 exemplares de jatos grandes.

A previsão de receita também sofreu mudanças. O valor passou da faixa entre R$ 6 bilhões a R$ 6,4 bilhões para algum valor entre R$ 5,8 bilhões e R$ 6,2 bilhões.

*Fonte: Valor Econômico