Com carnaval do Rio ameaçado, Abav-RJ critica prefeito
A presidente da entidade, Cristina Fritsch, questionou a decisão do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, para cortar metade dos recursos destinados as escolas de samba do Rio, ou R$12 milhões; Cristina questiona se a religião estariam ligada a decisão
A decisão de cortar pela metade os recursos destinados a escolas de samba do Rio de Janeiro, tomada pelo prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella, é repudiada pela Abav-RJ.
Em comunicado da entidade, sua presidente Cristina Fritsch questiona se a atitude do prefeito estaria ligada à intolerância religiosa. “Como se não bastasse o prefeito não ter comparecido à entrega das chaves da cidade para o Rei Momo neste carnaval, um insulto para a toda população, já que é uma cerimônia tradicional e não se trata de gostar ou não de carnaval, agora decide cortar em 50% a verba destinada às escolas de samba, que são as grandes responsáveis pelo carnaval. Fica a dúvida se a motivação é por convicções religiosas ou se ele desconhece a receita que este evento gera para a cidade”, critica Cristina.
A medida anunciada por Crivella corta o repasse para as escolas de samba de R$ 24 milhões, em 2017, para R$ 12 milhões, a partir de 2018. O restante da verba, segundo o prefeito, será investido na merenda escolar das crianças do ensino público.
A presidente da Abav-RJ afirma, porém, que a medida estaria gerando um enorme prejuízo para o Turismo e para a cidade, uma vez que seria neste período que as empresas programam ações de incentivo e marketing para o carnaval do ano seguinte.
“Com toda esta indefinição está tudo parado e as nossas agências não estão conseguindo fechar os seus grupos para o carnaval de 2018. Eventos de grande porte são fechados com grande antecedência”, ressaltou Cristina Fritsch.
O principal argumento da Abav-RJ é o impacto financeiro do carnaval no Rio. Segundo a Riotur, o carnaval deste ano gerou R$ 3 bilhões em receita para a cidade. "É um retorno imensamente superior aos R$ 55 milhões investidos pela prefeitura, sem mencionar a geração de empregos e a arrecadação de impostos", defendeu a entidade no comunicado.
“Se a intenção do prefeito é aumentar o valor diário gasto com as crianças que estão nas creches municipais e, para isso, precisa cortar em 50% a verba das escolas de samba, é bom ele saber que o tiro vai sair pela culatra. Se não houver desfile, não haverá receita. Estamos falando do principal evento de Turismo da cidade que, apesar de durar poucos dias, gera renda para um ano inteiro”, destacou a presidente da Abav-RJ.
Quando a decisão foi divulgada, a prefeitura garantiu que o remanejamento não significa que as escolas de samba ficariam sem recursos. A ideia oficial é fazer investimentos diretamente nas agremiações por meio do Conselho de Turismo com a utilização de um fundo setorial ou por cadernos de encargos.
Com o anúncio do corte, porém, o Grupo Especial da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) já anunciou, em sua página no Facebook, que não haverá desfiles das escolas do grupo especial do Rio de Janeiro no carnaval de 2018. Cinco escolas de samba também já anunciaram que não irão desfilar por falta de verbas; são elas: União da Ilha, Mocidade, São Clemente, Mangueira e Unidos da Tijuca.
A Liesa pediu audiência com o prefeito, mas até segunda ordem o Rio de Janeiro não terá desfiles de escolas de samba no carnaval de 2018.
Em comunicado da entidade, sua presidente Cristina Fritsch questiona se a atitude do prefeito estaria ligada à intolerância religiosa. “Como se não bastasse o prefeito não ter comparecido à entrega das chaves da cidade para o Rei Momo neste carnaval, um insulto para a toda população, já que é uma cerimônia tradicional e não se trata de gostar ou não de carnaval, agora decide cortar em 50% a verba destinada às escolas de samba, que são as grandes responsáveis pelo carnaval. Fica a dúvida se a motivação é por convicções religiosas ou se ele desconhece a receita que este evento gera para a cidade”, critica Cristina.
A medida anunciada por Crivella corta o repasse para as escolas de samba de R$ 24 milhões, em 2017, para R$ 12 milhões, a partir de 2018. O restante da verba, segundo o prefeito, será investido na merenda escolar das crianças do ensino público.
A presidente da Abav-RJ afirma, porém, que a medida estaria gerando um enorme prejuízo para o Turismo e para a cidade, uma vez que seria neste período que as empresas programam ações de incentivo e marketing para o carnaval do ano seguinte.
“Com toda esta indefinição está tudo parado e as nossas agências não estão conseguindo fechar os seus grupos para o carnaval de 2018. Eventos de grande porte são fechados com grande antecedência”, ressaltou Cristina Fritsch.
O principal argumento da Abav-RJ é o impacto financeiro do carnaval no Rio. Segundo a Riotur, o carnaval deste ano gerou R$ 3 bilhões em receita para a cidade. "É um retorno imensamente superior aos R$ 55 milhões investidos pela prefeitura, sem mencionar a geração de empregos e a arrecadação de impostos", defendeu a entidade no comunicado.
“Se a intenção do prefeito é aumentar o valor diário gasto com as crianças que estão nas creches municipais e, para isso, precisa cortar em 50% a verba das escolas de samba, é bom ele saber que o tiro vai sair pela culatra. Se não houver desfile, não haverá receita. Estamos falando do principal evento de Turismo da cidade que, apesar de durar poucos dias, gera renda para um ano inteiro”, destacou a presidente da Abav-RJ.
Quando a decisão foi divulgada, a prefeitura garantiu que o remanejamento não significa que as escolas de samba ficariam sem recursos. A ideia oficial é fazer investimentos diretamente nas agremiações por meio do Conselho de Turismo com a utilização de um fundo setorial ou por cadernos de encargos.
Com o anúncio do corte, porém, o Grupo Especial da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) já anunciou, em sua página no Facebook, que não haverá desfiles das escolas do grupo especial do Rio de Janeiro no carnaval de 2018. Cinco escolas de samba também já anunciaram que não irão desfilar por falta de verbas; são elas: União da Ilha, Mocidade, São Clemente, Mangueira e Unidos da Tijuca.
A Liesa pediu audiência com o prefeito, mas até segunda ordem o Rio de Janeiro não terá desfiles de escolas de samba no carnaval de 2018.