Ocupação hoteleira no Caribe cai com Zika vírus
Dados divulgados pela consultoria STR mostram que, em abril, a performance dos hotéis e resorts do Caribe caiu em relação ao ano anterior, especialmente por causa do medo dos viajantes em relação ao Zika Vírus. Segundo a STR, a ocupação caiu três pontos, chegando a 72,9%, a diária média foi reduzid
Dados divulgados pela consultoria STR mostram que, em abril, a performance dos hotéis e resorts do Caribe caiu em relação ao ano anterior, especialmente por causa do medo dos viajantes em relação ao Zika Vírus. Segundo a STR, a ocupação caiu três pontos, chegando a 72,9%, a diária média foi reduzida em 1,4% (US$ 268,86) e a receita por apartamento recuou 4,4% (US$ 195,99).
“Uma pesquisa realizada em abriu pelo Travel Leaders Group indicava que 96,1% dos americanos não mudariam seus planos de viagens por causa do vírus, mas 3,9% sim. E uma queda de 3,9% na demanda estaria visível nos dados da hotelaria, como podemos ver no Caribe. Todos os dados estão em queda, depois de um 2015 muito forte”, disse o VP de Estatísticas da STR, Steve Hennis.
Ainda sobre a performance do Caribe, Hennis destacou que 58% dos hotéis reportaram uma queda na ocupação, com 25% registrando diminuição de 8% ou mais; 47% das propriedades teve queda na diária média e 56% no Revpar.
O VP da STR ainda colocou o enfraquecimento do dólar canadense e as nevascas na costa leste americana em janeiro como causas para os maus resultados nos primeiros quatro meses do ano no Caribe.
“A indústria do Turismo já lidou com epidemias como a Sars ou a gripe suína, com as regiões afetadas já recuperadas. A expectativa é que o medo do Zika diminua e que esse assunto se torne apenas mais um dentro do processo de decisão para uma viagem”, diz Hennis. “Assim como as preocupações com distúrbios sociais, terrorismo e até clima ruim, os viajantes pesam os riscos em seus processos de planejamento (de viagens). Paralelamente, os destinos estão tomando medidas preventivas para combater os mosquitos e conter surtos. Uma solução mais permanente está nas mãos das comunidades médicas e de pesquisas científicas, que estão trabalhando para melhor entender o vírus Zika”.