Cuba abre as portas para o turista brasileiro; leia
Cuba promoveu, na manhã desta sexta-feira (29), em São Paulo, um curso de capacitação para agentes de viagens.
Desde a retomada de relações com o governo norte-americano, Cuba tem sido tema frequente na mídia internacional. Com os olhos do mundo voltados para a ilha, o Turismo local está aquecido e as projeções do país geram otimismo. Visando o público brasileiro, o Escritório de Turismo de Cuba promoveu, na manhã desta sexta-feira (29), em São Paulo, um curso de capacitação para agentes de viagens.
Estiveram presentes no Novotel Jaraguá cerca de 100 profissionais, que puderam ter contato com operadores que promovem o Turismo no local. O potencial do Brasil desperta grande interesse do governo cubano. “Para nós, o mercado brasileiro é importante porque há uma relação de muitos anos, além do que são países muito similares na forma de se relacionar, na hospitalidade, na convivência e nas pessoas”, afirmou a diretora do escritório de Turismo de Cuba, Niurka Martínez.
Em 2015, quando foi iniciada a abertura de mercado com os Estados Unidos, Cuba terminou o ano com 3,5 milhões de turistas. “Isso foi muito gratificante para nós porque nada mais é do que o reflexo dos nossos esforços para que esse número aumentasse. Esse momento favorável de Cuba significa intensificar os trabalhos de divulgação e publicidade no mundo. Aspiramos que 2016 seja superior em crescimento, chegando a 3,7 milhões de visitantes, em uma projeção conservadora”, disse Martínez.
Para que esses números sejam alcançados, públicos como o brasileiro são essenciais. A operadora de Turismo cubana Havanatur leva anualmente em torno de 900 a mil turistas brasileiros para a ilha. Um número ainda baixo que, de acordo com os agentes de viagens, pode crescer. “Ano passado não foi muito bom, acredito que pelo câmbio do dólar, mas este ano eu acho que vem melhorando”, afirmou a diretora da Havanatur Brasil, Vivian Socorro Sosa. A saída encontrada pela empresa foi atrair o público com outras localidades mais conhecidas no Brasil. “Nós fazemos o Turismo multi-destino. Combinamos todo o Caribe com Cuba, fazemos Cancun-Cuba, Panamá-Cuba, Dominicana-Cuba, porque reconhecemos que o turista brasileiro conhece mais outros destinos, como Cancun e [República] Dominicana, além de Miami que é o primeiro”, explica Sosa.
Atualmente, não há voos diretos entre Brasil e Cuba. O turista brasileiro tem apenas duas opções de linhas aéreas para fazer o trajeto: Avianca e Copa Airlines. A companhia panamenha opera de sete cidades brasileiras (Brasília, Confins, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo) e, após escalas no Panamá, chega a três cidades cubanas: Havana (seis voos diários), Santa Clara (quatro voos semanais) e Holguín (novo trajeto operado a partir de 21 de julho, duas vezes por semana). “Como temos uma situação econômica complicada no país, a gente ainda não tem uma previsão de voos do Brasil. Em contrapartida, a gente tem um investimento maior em Cuba, que é esse novo voo em Holguín”, disse a executiva de vendas da Copa Airlines, Claudia Silva.