Rafael Faustino   |   15/02/2016 11:57

Hostels diminuem em SP, mas setor mantém otimismo

Após uma fase de expansão na última década, o mercado de hostels na capital paulista sofreu uma retração em número de unidades. Depois de passar de apenas 5 unidades, em 2006, para 120 em 2014, em função da Copa do Mundo, o número de hostels na cidade baixou para 90 atualmente.

Após uma fase de expansão na última década, o mercado de hostels na capital paulista sofreu uma retração em número de unidades. Depois de passar de apenas cinco unidades, em 2006, para 120 em 2014, em função da Copa do Mundo, o número de hostels na cidade baixou para 90 atualmente.

Para o presidente da Associação de Hostels de São Paulo (Ahostelsp), Guilherme Perez, entretanto, esse não é um dado alarmante, mas sim que mostra o amadurecimento do setor. “Com a Copa, surgiram muitos empresários inexperientes, o que resultou em uma superoferta e um momento delicado para o estabelecimento. Passada a ‘febre’, o segmento vem se consolidando com empreendedores mais preparados e estabelecimentos mais estruturados", aponta Perez.

OLHO NO CORPORATIVO
Para reforçar essa consolidação e também para explorar o mercado corporativo em São Paulo, a Ahosltesp e mais oito hostels da capital se associaram recentemente ao São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB), entidade que estimula a atividade turística no Estado.

Com a novidade, os hostels passam a ter acesso ao calendário de eventos da SPCVB, participação em outras ocasiões de relacionamento e serem oferecidos às demandas que o Bureau trazer ao País. “Essa associação mostra como está se diversificando o perfil do público que vem a São Paulo, tanto o que busca lazer quanto negócios", afirma o presidente executivo da SPCVB, Toni Sando.

NÚMEROS
De acordo com o Observatório do Turismo da São Paulo Turismo, a ocupação média dos hostels paulistanos em 2015 foi de 47,92%, com uma diária média praticada de R$52,18. Para seguir com a expansão do setor, Guilherme Perez espera, além de maior penetração no segmento corporativo, por um aumento do turismo para lazer na capital paulista, que hoje representa apenas 11% dos visitantes que a cidade recebe – 15 milhões por ano, de acordo com o Observatório. Ainda que pequeno, o número já representa um mercado importante para os hostels da cidade.

"Há pouco tempo, em feriados como ano novo, hostels em São Paulo costumavam entrar em recesso. Hoje vemos os eventos culturais se popularizarem, como o carnaval de rua, que mantêm viável a ocupação dos estabelecimentos mesmo quando não há o turismo de negócios", destaca o presidente da Ahostelsp.

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