Da Redação   |   20/07/2015 08:45

Bancos da Grécia voltam a funcionar; preços sobem

Os bancos da Grécia reabriram hoje (20) após três semanas de fechamento imposto pelo governo para evitar o agravamento da crise no sistema financeiro.

DA AGÊNCIA BRASIL

Os bancos da Grécia reabriram hoje (20) após três semanas de fechamento imposto pelo governo para evitar o agravamento da crise no sistema financeiro. No entanto, os controles de capitais, em vigor desde 29 de junho, mantêm-se, apesar de o limite diário de 60 euros nas retiradas ter sido flexibilizado para até 420 euros por semana.

O controle de capitais já terá custado cerca de três bilhões de euros à economia grega, segundo a agência noticiosa AFP.

Louka Katseli, presidente da União dos Bancos Gregos e do Banco Nacional da Grécia, um dos quatro maiores grupos bancários no país, apelou nesta segunda-feira à calma dos contribuintes e para esses voltarem a depositar suas poupanças nos bancos de forma a apoiar a solvência do sistema.

"Se retirarmos o dinheiro dos nossos cofres e das nossas casas – onde, de qualquer maneira não está seguro – e o depositarmos nos bancos, estamos a fortalecer a liquidez [da economia]", disse em declarações reproduzidas no canal de televisão Mega.

Um limite de 300 euros em levantamentos por semana vai ser inicialmente imposto até sexta-feira, com a restrição a ser flexibilizada para 420 euros a partir de sábado.

Os cartões de crédito, por sua vez, só poderão ser usados dentro da Grécia.

Já as transferências para o Exterior vão continuar limitadas, mas é permitido aos pais com filhos que estudam fora que transfiram até cinco mil euros por trimestre e aqueles que tiverem em tratamento médico podem dispor de, até, dois mil euros.

Hoje é também o dia em que a Grécia vai saldar, previsivelmente, parte das suas dívidas aos credores internacionais.

Está previsto que a Grécia receba nesta segunda um crédito de sete milhões de euros da zona euro destinado a cobrir as suas necessidades mais imediatas, nomeadamente, a devolução de 3,5 milhões ao Banco Central Europeu (BCE).

Atenas deverá também devolver 1,5 milhão ao Fundo Monetário Internacional (FMI), uma dívida que deveria ter sido liquidada a 30 de julho, mas que não aconteceu.

PREÇOS SOBEM
A partir de hoje (20) os gregos também já encontram preços mais altos nas prateleiras dos supermercados, fruto do aumento do Imposto sobre o Valor Agregado (VAT, na sigla em inglês) de 13% para 23%.

Produtos como carne, azeite de oliva, vinagre, sal, papel higiênico, entre outros itens, ficaram mais caros. A alta no imposto também afetará restaurantes e cafés, funerárias, serviços de táxi e alguns serviços educacionais. O preço do transporte público deve subir no mês que vem.

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