Cadeados “do amor” derrubam parte de ponte em Paris
Milhares de cadeados com nomes de casais estão presos à mais antiga ponte de Paris, que teve uma de suas partes abalada com o excesso de peso. A Ponte das Artes (PontdesArts), no Sena, uma das mais bonitas da Cidade
Milhares de cadeados com nomes de casais estão presos à mais antiga ponte de Paris, que teve uma de suas partes abalada com o excesso de peso. A Ponte das Artes (PontdesArts), no Sena, uma das mais bonitas da Cidade Luz, é a mais procurada porque tem grades que permitem colocar cadeados, cujas chaves são jogadas no rio. É o amor, “preso para sempre”.
Os parisienses e os críticos consideram essa mania como uma espécie de câncer metálico que toma conta da antiga ponte, estragando a paisagem. Os que colocam os cadeados acham que estão contribuindo para formar uma “escultura moderna”. A moda kitsch nem combina com a PontdesArts, que foi construída no início dos anos 1800 e reconstruída em 1880.
Mas não é a única a sofrer pelos excessos de amor, ou entusiasmo do momento de recém enamorados. A Pont de l’Archevêché e a Passerelle Simone de Beauvoir também se transformaram em lugares populares entre aqueles que precisam gritar a quatro ventos que estão apaixonados.
Hoje as pontes são assunto de discussão entre os estetas clássicos e os contemporâneos que sofrem da compulsão exibicionista, que os obriga a expressar seus sentimentos íntimos ao público em geral. Tudo agravado pela simbologia de Paris, que sempre ostentou o título de cidade dos amores, tanto para turistas ,quanto para os residentes.
Para aqueles que prezam a arquitetura histórica, um tesouro de Paris, os cadeados são uma poluição visual. Há quem organize campanhas para persuadir a cidade a coibir essa mania. Que pesa, mas dá dinheiro a quem vende seus cadeados em plena ponte. Os turistas transformaram as pontes cheias de cadeados em cenário para fotos. Alguns até saem de Londres para uma escapada em Paris, tendo como um dos objetivos a foto para o álbum de casamento. A polícia não incomoda aos turistas, mas fica atenta aos vendedores ambulantes de cadeados. Uma briga centenária, de gato e rato. Quando a noite cai e os policiais acabam seu turno, os vendedores se materializam, vendendo reluzentes cadeados a pelo menos 5 euros os menores, e 10 euros os maiores.
Embora os cadeados do amor tenham aparecido nas pontes parisienses em 2008, sua história tem pelo menos mais de 100 anos. Há casais que até mudam a data do casamento até terem condições de viajarem para a França, para poderem jogar a chave de um cadeado com seus nomes e data, colocado na grade da ponte. A esperança é de retornar um dia e procurar o precioso cadeado ainda por lá.
O que os turistas não sabem é que a prefeitura de Paris vem retirando os painéis da ponte cada vez que ficam perigosamente pesados, substituindo-os por novos. Os velhos painéis são guardados, com todos os seus cadeados presos. Mas ficam estocados em um depósito. Sem vista para o Sena. Nem para uma das mais belas e tradicionais pontes parisienses.
Os parisienses e os críticos consideram essa mania como uma espécie de câncer metálico que toma conta da antiga ponte, estragando a paisagem. Os que colocam os cadeados acham que estão contribuindo para formar uma “escultura moderna”. A moda kitsch nem combina com a PontdesArts, que foi construída no início dos anos 1800 e reconstruída em 1880.
Mas não é a única a sofrer pelos excessos de amor, ou entusiasmo do momento de recém enamorados. A Pont de l’Archevêché e a Passerelle Simone de Beauvoir também se transformaram em lugares populares entre aqueles que precisam gritar a quatro ventos que estão apaixonados.
Hoje as pontes são assunto de discussão entre os estetas clássicos e os contemporâneos que sofrem da compulsão exibicionista, que os obriga a expressar seus sentimentos íntimos ao público em geral. Tudo agravado pela simbologia de Paris, que sempre ostentou o título de cidade dos amores, tanto para turistas ,quanto para os residentes.
Para aqueles que prezam a arquitetura histórica, um tesouro de Paris, os cadeados são uma poluição visual. Há quem organize campanhas para persuadir a cidade a coibir essa mania. Que pesa, mas dá dinheiro a quem vende seus cadeados em plena ponte. Os turistas transformaram as pontes cheias de cadeados em cenário para fotos. Alguns até saem de Londres para uma escapada em Paris, tendo como um dos objetivos a foto para o álbum de casamento. A polícia não incomoda aos turistas, mas fica atenta aos vendedores ambulantes de cadeados. Uma briga centenária, de gato e rato. Quando a noite cai e os policiais acabam seu turno, os vendedores se materializam, vendendo reluzentes cadeados a pelo menos 5 euros os menores, e 10 euros os maiores.
Embora os cadeados do amor tenham aparecido nas pontes parisienses em 2008, sua história tem pelo menos mais de 100 anos. Há casais que até mudam a data do casamento até terem condições de viajarem para a França, para poderem jogar a chave de um cadeado com seus nomes e data, colocado na grade da ponte. A esperança é de retornar um dia e procurar o precioso cadeado ainda por lá.
O que os turistas não sabem é que a prefeitura de Paris vem retirando os painéis da ponte cada vez que ficam perigosamente pesados, substituindo-os por novos. Os velhos painéis são guardados, com todos os seus cadeados presos. Mas ficam estocados em um depósito. Sem vista para o Sena. Nem para uma das mais belas e tradicionais pontes parisienses.