Artur Luiz Andrade   |   18/08/2009 13:59

Mato Grosso cria produto com Rio e Amazônia

O secretário de Turismo do Mato Grossi, Yuri Jorge Bastos, explica os planos de Cuiabá para a Copa de 2014 e do Estado para se tornar produto-referência em ecoturismo

O secretário de Turismo do Mato Grosso, Yuri Vieira Jorge (foto), participou ontem do Conotel 2009, em um painel promovido pela Deloitte sobre a Copa do Mundo de 2014, a ser realizada no Brasil. Cuiabá, uma das 12 cidades-sedes escolhidas pela Fifa, foi considerada por muitos, de acordo com o secretário, a grande zebra da lista final. “Mas nós sabemos que não houve zebra. Simplesmente porque sabíamos da improtância de sermos escolhidos, sabemos o que o evento significa e nos profissionalizamos para todo o processo”, explicou.

Bastos garante que o Mato Grosso seguirá além das exigências da Fifa, pois o objetivo é transformar o Estado em um produto completo de ecoturismo. “Vamos preparar o Estado para receber a iniciativa privada, vamos apoiá-los em divulgação para a venda com antecedência”, afirmou.

Yuri Jorge diz que o Estado tem uma diversidade pouco conhecida, com três biomas (Cerrado, Amazônia e Pantanal) e atrações como a Chapada dos Guimarães, Nobres (com suas grutas e cavernas), a Lagoa do Mando, a Transpantaneira, a pesca em Cáceres, o turismo de aventura em Jaciara, Barão de Melgaço, entre outros destinos.

“O turismo vai ser o grande legado da Copa e já estamos conversando com o Rio de Janeiro e a Amazônia para formatarmos um produto em conjunto”, disse o secretário. Bastos acha que o Rio todos vão querer visitar e conhecer e o Pantanal e a Amazônia são os dois únicos produtos diferenciados, que chamarão a atenção dos turistas estrangeiros.

Uma das preocupação e necessidades é uma hotelaria mais consistente. O secretário anunciou nove hotéis em construção em Cuiabá, mas não apenas para a Copa do Mundo. “Nosso movimento aeroportuário cresce 15% ao ano”, garantiu. “Estamos pensando o Estado a longo prazo”. Ele só não explicou como o Mato Grosso vai vencer os desafios da malha aérea, um dos problemas para quem quer visitar destinos como o Pantanal e a Amazônia de forma conjugada, e quais os planos para o turista interno, que é quem garante a sustentação da maioria dos produtos turísticos, exceção feita à própria Amazônia, que vive mais de estrangeiros.

O secretário do Mato Grosso criticou, ainda, a demora e burocracia do governo federal nos investimentos em infraestrutura para a Copa e o turismo em geral. “O governo federal tem de acelerar os investimentos em infraestruturam capacitação e divulgação”.

A escolha como sede da Copa do Mundo foi uma vitória de Cuiabá e do Mato Grosso e o secretário quer aproveitar isso ao máximo. Campo Grande que se cuide...

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