"Pela 1ª vez governos estão unidos por porto do Rio"
Porto do Rio une governos municipal, estadual e federal em sua revitalização
NOTÍCIA DA AGÊNCIA BRASIL
Entre todas as pessoas interessadas na revitalização do Porto do Rio de Janeiro, dificilmente haverá alguém tão envolvido no projeto quanto o engenheiro Geraldo Calazans Gayoso Neves, de 81 anos, conselheiro do Clube de Engenharia e diretor do Consórcio Píer Mauá, responsável pela exploração do porto.
Intersul e Construtora Floriano, as duas empresas que formam o consórcio, venceram em 1997 licitação da companhia Docas do Rio de Janeiro e obtiveram a concessão para exploração do porto por 50 anos, com o compromisso da recuperação das áreas adjacentes.
Nesses 12 anos, a Píer Mauá já investiu R$ 40 milhões em obras no terminal de passageiros (antigo Touring Club), nos armazéns de 1 a 4 e no píer das docas, onde nos dois primeiros meses do ano realizam-se as Noites Cariocas.
Na semana passada, outro evento permanente do calendário carioca, o Rio Fashion, marcou pela primeira vez a utilização de dois armazéns e parte do terceiro como cenário da moda e assim inaugurou três dos armazéns restaurados.
Gayoso não duvida do êxito do projeto de revitalização da zona portuária, espalhada por uma área estimada em 50 mil metros quadrados, incluindo velhos bairros residenciais, instalações industriais inativas e até o morro da Conceição e a Praça Mauá, antiga zona de meretrício nas imediações do porto.
“No meu tempo de faculdade, no Largo de São Francisco, as aulas de astronomia eram no Observatório [Observatório Nacional] que ficava na ladeira da Conceição, de modo que minhas ligações com esta região são do meu tempo de estudante na década de 50”, lembra, nostálgico, o engenheiro.
Na realidade, seu conhecimento da região inserida no projeto oficial lhe tem rendido deferências e tratamento diferenciado dentro do governo. Além de conhecer boa parte dos engenheiros em cargos públicos destacados, o prefeito Eduardo Paes costuma consultá-lo sobre ideias encaminhadas ao seu gabinete, e o governador Sérgio Cabral o apresenta nos encontros repetindo o presidente norte-americano Barack Obama: “Esse é o cara!”
“Costumam fazer o paralelo entre o Porto do Rio e Puerto Madero, em Buenos Aires, mas são situações muito diferentes”, diz ele. “Lá restaurou-se um porto desativado há muito tempo, construíram-se prédios de 40 andares, criou-se uma realidade absolutamente nova. Aqui, temos de respeitar tombamentos históricos e culturais e estamos mexendo num porto ativo, cada ano mais ativo”.
Os números em posse do engenheiro mostram crescimento anual do movimento no porto da ordem de 30% a 40% ao ano. A partir de outubro, quando começa a temporada turística que se estende até fins de abril, estão previstas 218 atracações, traduzidas no contingente de aproximados 600 mil passageiros e tripulantes de navios – total no mesmo patamar do meio milhão de turistas anuais divulgados em estatísticas oficiais do Ministério do Turismo.
“A tendência é o crescimento permanente do movimento de navios e passageiros no porto. As obras de revitalização já feitas no terminal e nos armazéns próximos provocam comentários positivos”, ele acrescenta.
Seu interesse é ainda maior porque sua empresa está engajada nesse processo desde 1993, quando o presidente Itamar Franco assinou o decreto sobre áreas portuárias em desuso – caso dos armazéns onde então havia oficinas mecânicas, verdureiros, lanchonetes e ambulantes.
“Pela primeira vez em todos esses anos, vemos o governo da cidade junto com o governo do estado e o governo federal, todos no mesmo empenho. Isso tem repercussão até internacional. Esteve aqui o pessoal do Habitat, programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos, propondo fazer na nossa área o encontro internacional de 2011. É ou não é um sinal da revitalização?” pergunta, sorrindo.
Entre todas as pessoas interessadas na revitalização do Porto do Rio de Janeiro, dificilmente haverá alguém tão envolvido no projeto quanto o engenheiro Geraldo Calazans Gayoso Neves, de 81 anos, conselheiro do Clube de Engenharia e diretor do Consórcio Píer Mauá, responsável pela exploração do porto.
Intersul e Construtora Floriano, as duas empresas que formam o consórcio, venceram em 1997 licitação da companhia Docas do Rio de Janeiro e obtiveram a concessão para exploração do porto por 50 anos, com o compromisso da recuperação das áreas adjacentes.
Nesses 12 anos, a Píer Mauá já investiu R$ 40 milhões em obras no terminal de passageiros (antigo Touring Club), nos armazéns de 1 a 4 e no píer das docas, onde nos dois primeiros meses do ano realizam-se as Noites Cariocas.
Na semana passada, outro evento permanente do calendário carioca, o Rio Fashion, marcou pela primeira vez a utilização de dois armazéns e parte do terceiro como cenário da moda e assim inaugurou três dos armazéns restaurados.
Gayoso não duvida do êxito do projeto de revitalização da zona portuária, espalhada por uma área estimada em 50 mil metros quadrados, incluindo velhos bairros residenciais, instalações industriais inativas e até o morro da Conceição e a Praça Mauá, antiga zona de meretrício nas imediações do porto.
“No meu tempo de faculdade, no Largo de São Francisco, as aulas de astronomia eram no Observatório [Observatório Nacional] que ficava na ladeira da Conceição, de modo que minhas ligações com esta região são do meu tempo de estudante na década de 50”, lembra, nostálgico, o engenheiro.
Na realidade, seu conhecimento da região inserida no projeto oficial lhe tem rendido deferências e tratamento diferenciado dentro do governo. Além de conhecer boa parte dos engenheiros em cargos públicos destacados, o prefeito Eduardo Paes costuma consultá-lo sobre ideias encaminhadas ao seu gabinete, e o governador Sérgio Cabral o apresenta nos encontros repetindo o presidente norte-americano Barack Obama: “Esse é o cara!”
“Costumam fazer o paralelo entre o Porto do Rio e Puerto Madero, em Buenos Aires, mas são situações muito diferentes”, diz ele. “Lá restaurou-se um porto desativado há muito tempo, construíram-se prédios de 40 andares, criou-se uma realidade absolutamente nova. Aqui, temos de respeitar tombamentos históricos e culturais e estamos mexendo num porto ativo, cada ano mais ativo”.
Os números em posse do engenheiro mostram crescimento anual do movimento no porto da ordem de 30% a 40% ao ano. A partir de outubro, quando começa a temporada turística que se estende até fins de abril, estão previstas 218 atracações, traduzidas no contingente de aproximados 600 mil passageiros e tripulantes de navios – total no mesmo patamar do meio milhão de turistas anuais divulgados em estatísticas oficiais do Ministério do Turismo.
“A tendência é o crescimento permanente do movimento de navios e passageiros no porto. As obras de revitalização já feitas no terminal e nos armazéns próximos provocam comentários positivos”, ele acrescenta.
Seu interesse é ainda maior porque sua empresa está engajada nesse processo desde 1993, quando o presidente Itamar Franco assinou o decreto sobre áreas portuárias em desuso – caso dos armazéns onde então havia oficinas mecânicas, verdureiros, lanchonetes e ambulantes.
“Pela primeira vez em todos esses anos, vemos o governo da cidade junto com o governo do estado e o governo federal, todos no mesmo empenho. Isso tem repercussão até internacional. Esteve aqui o pessoal do Habitat, programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos, propondo fazer na nossa área o encontro internacional de 2011. É ou não é um sinal da revitalização?” pergunta, sorrindo.