Henrique Santiago   |   23/03/2017 09:33

MSC se diz "confiante" com projetos do ministro Beltrão

Diretor geral da MSC no Brasil se diz confiante com o fim de gargalos

Uma semana depois de subir ao palco do Fórum PANROTAS, o diretor geral da MSC no Brasil, Adrian Ursilli, se diz mais confiante com os próximos anos da indústria de cruzeiros. Ele, ao lado de Afonso Louro, da Visual Turismo, e Mena Mota, da Grou Turismo, questionou o novo ministro do Turismo, Marx Beltrão, sobre os investimentos e melhorias da pasta para o futuro.

Jhonatan Soares

Para cruzeiros, especificamente, o dirigente pretende incluir a indústria no pacote Brasil Mais Turismo a partir do segundo semestre deste ano. Uma das iniciativas, ao lado da Secretaria de Patrimônio da União, é diminuir a burocracia de cinco anos para até seis meses a autorização de uso de terreno para construir, por exemplo, marinas.

“Eu fiquei contente de ouvir as respostas do Marx, são bem à altura do que o segmento precisa. Ele é do Nordeste, de Alagoas, e sabe que a indústria é importante, não só dos cruzeiros, mas o Turismo como um todo. Mas os cruzeiros sofreram um impacto muito grande nos últimos anos. Na crise, os navios fazem falta”, disse Ursilli.

Para ele, além de iniciar, de fato, os planos, é preciso haver continuidade no trabalho. Beltrão pode ficar no cargo até 2018, mas sua saída é especulada para antes, pois ele demonstrou interesse em se candidatar a outro cargo político. “Quem o suceder tem de pensar no Brasil a longo prazo. Se não aproveitarmos essa ‘onda’, vamos perder navios para a América do Norte, Caribe, China, Austrália...”, completou.

Segundo ele, o Ministério do Turismo tem de trabalhar alinhado com a Clia Abremar Brasil, entidade máxima de cruzeiros, em busca de encontrar novos roteiros para oferecer ao passageiro. Como exemplo, citou a “descoberta” de Balneário Camboriú (SC), que irá integrar a programação da armadora na temporada 2017/2018.

Com o fim de gargalos burocráticos e estruturais, o diretor não descarta, por exemplo, a vinda de outros navios para a costa brasileira. Ele acredita no potencial de consumo do brasileiro. “Temos como aumentar a oferta, sim. Não sei se trazendo mais navios ou navios maiores, mas é uma possibilidade”, finalizou.

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