Cais do Valongo (RJ) recebe título de Patrimônio da Unesco
O Sítio Arqueológico Cais do Valongo, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, foi reconhecido como Patrimônio Mundial da Unesco após decisão das 22 nações que compõem o Comitê do Patrimônio Mundial, que esteve reunido
O Sítio Arqueológico Cais do Valongo, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, foi reconhecido como Patrimônio Mundial da Unesco após decisão das 22 nações que compõem o Comitê do Patrimônio Mundial, que esteve reunido em Cracóvia, na Polônia.
Principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, o Cais do Valongo é um símbolo do sofrimento daqueles que foram tirados à força de suas terras de origem para uma vida de trabalhos forçados e degradação.
O Cais do Valongo é também o único preservado materialmente e, pela magnitude do que representa, aparece como o vestígio mais destacado do tráfico negreiro no continente americano.
HISTÓRIA
O Brasil recebeu cerca de quatro milhões de escravos em mais de três séculos de duração do regime escravista - o equivalente a 40% de todos os africanos que chegaram vivos nas Américas entre os séculos 16 e 19. Destes, aproximadamente 60% entraram pelo Rio de Janeiro, sendo que cerca de um milhão deles passaram pelo Cais do Valongo.
O local foi desativado como porto de desembarque de escravos em 1831, quando o tráfico transatlântico foi proibido por pressão da Inglaterra – norma que foi ignorada, recebendo a denominação irônica de "lei para inglês ver". Em 1843, o Cais do Valongo foi aterrado para receber a Princesa das Duas Sicílias e Princesa de Bourbon-Anjou, Teresa Cristina, esposa do Imperador Dom Pedro II, o que fez com que o local recebesse o nome de Cais da Imperatriz.
Em 1911, com as reformas urbanísticas da cidade, o Cais da Imperatriz foi aterrado e só foi encontrado em 2011 durante as escavações realizadas durante as obras do Porto Maravilha. Foram encontrados milhares de objetos, como parte de calçados, botões feitos com ossos, colares, amuletos, anéis e pulseiras em piaçava de extrema delicadeza, jogos de búzios e outras peças usadas em rituais religiosos, entre outros.
Em 2012, a Prefeitura do Rio de Janeiro acatou a sugestão das Organizações dos Movimentos Negros e transformou o espaço em monumento preservado e aberto à visitação pública. Em 20 de novembro de 2013, Dia da Consciência Negra, o Cais do Valongo recebeu o título de Patrimônio Cultural da cidade do Rio de Janeiro, por meio do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH).
Principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, o Cais do Valongo é um símbolo do sofrimento daqueles que foram tirados à força de suas terras de origem para uma vida de trabalhos forçados e degradação.
O Cais do Valongo é também o único preservado materialmente e, pela magnitude do que representa, aparece como o vestígio mais destacado do tráfico negreiro no continente americano.
HISTÓRIA
O Brasil recebeu cerca de quatro milhões de escravos em mais de três séculos de duração do regime escravista - o equivalente a 40% de todos os africanos que chegaram vivos nas Américas entre os séculos 16 e 19. Destes, aproximadamente 60% entraram pelo Rio de Janeiro, sendo que cerca de um milhão deles passaram pelo Cais do Valongo.
O local foi desativado como porto de desembarque de escravos em 1831, quando o tráfico transatlântico foi proibido por pressão da Inglaterra – norma que foi ignorada, recebendo a denominação irônica de "lei para inglês ver". Em 1843, o Cais do Valongo foi aterrado para receber a Princesa das Duas Sicílias e Princesa de Bourbon-Anjou, Teresa Cristina, esposa do Imperador Dom Pedro II, o que fez com que o local recebesse o nome de Cais da Imperatriz.
Em 1911, com as reformas urbanísticas da cidade, o Cais da Imperatriz foi aterrado e só foi encontrado em 2011 durante as escavações realizadas durante as obras do Porto Maravilha. Foram encontrados milhares de objetos, como parte de calçados, botões feitos com ossos, colares, amuletos, anéis e pulseiras em piaçava de extrema delicadeza, jogos de búzios e outras peças usadas em rituais religiosos, entre outros.
Em 2012, a Prefeitura do Rio de Janeiro acatou a sugestão das Organizações dos Movimentos Negros e transformou o espaço em monumento preservado e aberto à visitação pública. Em 20 de novembro de 2013, Dia da Consciência Negra, o Cais do Valongo recebeu o título de Patrimônio Cultural da cidade do Rio de Janeiro, por meio do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH).