Turismo paulista tem queda de 23,3% em dezembro
Segundo pesquisa da Fecomércio SP, o setor de serviços de São Paulo caiu R$ 228 milhões em dezembro de 2016, se comparado o mesmo período do ano anterior; o segmento do Turismo teve a segunda maior queda, com um resultado 23,3% inferior ao mesmo mês de 2015
O setor de serviços de São Paulo não vive o melhor dos momentos. Segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio SP), baseada em dados da prefeitura, o faturamento real do setor em dezembro do ano passado alcançou um valor de R$ 22,6 bilhões, cerca de 1% a menos na comparação com o mesmo mês de 2015, ou uma redução de R$ 228 milhões na receita total, o pior resultado desde 2012 na capital paulista.
Dentro deste escopo, o setor de Turismo, Hospedagem, Eventos e Assemelhados foi o segundo com maior queda em comparação a dezembro do ano anterior, caindo 23,3%, finalizando o mês com um faturamento real de cerca de R$ 505 mil, o menor dentre as 13 atividades comparadas. Apenas o Técnico Científico teve uma queda maior, com uma redução de receitas de 28,6%. O setor de Saúde teve o melhor resultado, com um crescimento de 25,1%.
Na comparação do acumulado do ano, o setor de serviços do município chegou a R$ 263,4 bilhões, 3,4% a menos que no ano anterior, representando uma redução de R$ 9,3 bilhões. Vale lembrar que em 2015 o setor já havia sofrido um recuo de 2,8% em suas receitas na comparação com 2014. Ou seja, o faturamento real do segmento em São Paulo caiu R$ 17,2 bilhões em dois anos.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), realizada pela Fecomercio SP com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico. A entidade lembra ainda a importância dos resultados na cidade para o País, considerando que o faturamento real da capital paulista representa cerca de 20% da receita nacional.
Confira os dados completos na tabela abaixo:
“O impacto da crise econômica e política atingiu negativamente o setor produtivo brasileiro” afirmou a Fecomercio SP, em comunicado; “A indústria foi a primeira a ser impactada, em 2014. Na sequência, o varejo passou a registrar resultados negativos e pouco tempo depois, a partir de 2015, o setor de serviços. No mesmo sentido, será a recuperação dos respectivos setores”, completou o órgão.