Janize Colaço   |   20/09/2016 13:18

Meirelles defende ajuste fiscal e reforma na Constituição

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou durante um debate com empresários na última segunda-feira (19), em São Paulo, que a aprovação da PEC 241/2016 auxiliará o País a controlar as dívidas do governo e que será preciso&

Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou durante um debate com empresários na última segunda-feira (19), em São Paulo, que a aprovação do ajuste fiscal, proposto pela PEC 241/2016, auxiliará o País a controlar as dívidas do governo e que será preciso fazer reformas na constituição. O ministro também afirmou que os governos estaduais também precisam fazer ajustes nas despesas públicas e não esperar ajuda da União.

De acordo com Meirelles, uma vez que a constituição brasileira é bastante rígida em comparação ao orçamento, os Estados acabaram por elevar o percentual das despesas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). "Se não alterarmos a constituição, não vamos combater o aumento das despesas", afirmou em almoço-debate do Grupo de Líderes Empresariais (Lide).

Ainda segundo o ministro, com a implementação do ajuste fiscal, será possível, desde a aprovação da constituição de 1988, que as despesas primárias em pontos percentuais do PIB caíam. "Os gastos com Previdência Social, por exemplo, eram de 3,3% do PIB em 1991 e passaram a ser, neste ano, de 8%. Se continuar nesta trajetória, em 2060 atingirão 17,2% do PIB", pontuou, reforçando sua defesa na reforma previdenciária.

No entanto, Meirelles destaca que ainda não há um prazo definido para um superávit, embora a confiança dos brasileiros em relação ao consumo esteja voltando a crescer. “À medida que essas despesas caem, a sociedade se sente mais motivada. Se olharmos a curva de confiança empresarial, ela caiu junto com o PIB, a partir de 2011. Hoje, essa confiança, e também a do consumidor, já está subindo", disse Meirelles.

Defensor da autonomia do Banco Central, o ministro afirmou que a queda da inflação é uma “excelente notícia”, embora, como ex-presidente do BC, ele acredite um ministro da Fazenda dando palpite sobre juros não ajude em muito.

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