Henrique Santiago   |   14/12/2015 17:29

ESPECIAL MARIANA: sem clima para festas

O secretário adjunto de Turismo, Cultura e Desportos, José Luiz Papa, reforça que esse é um momento positivo para a hotelaria e não aguarda momentos tenebrosos para a atividade de Mariana nos próximos meses e em 2016.

Mesmo com toda a repercussão em cima dos últimos acontecimentos em Mariana, que não só envolve a tragédia causada pelo rompimento da barragem do Fundão da mineradora Samarco, mas também a crítica por parte do setor pela falta de ação efetiva em prol da atividade na região, o secretário adjunto de Turismo, Cultura e Desportos, José Luiz Papa, reforça que esse é um momento positivo para a hotelaria e não aguarda momentos tenebrosos para a atividade de Mariana nos próximos meses e em 2016.

Mas expectativas dos profissionais mostram o contrário. Os números oficiais apontam cerca de oito mil turistas ao ano, mas dão abertura para um número ainda maior, uma vez que o próprio órgão aponta a deficiência da apuração feita unicamente pelos dados colhidos no Centro de Atendimento ao Turista (CAT).


(Foto: Ibama)

Dentro da própria secretaria se especula o óbvio: os números não só irão cair, como já são realidade neste período de alta temporada. Ainda que a cidade esteja de pé, há o receio e, acima de tudo, o momento desalentador para o viajante conhecer a cidade.

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Mariana não depende apenas de seus 319 anos de história para sobreviver. O Turismo local envolve eventos periódicos, a exemplo do carnaval, festivais regionais e, claro, o Natal. O Natal Luz da cidade, que acontecerá até 23 de dezembro, foi reduzido ao ponto que Papa não consegue mensurar quanto. “Houve redução nas verbas e não há clima na cidade para realizar o evento”, disse.

Para minimizar a situação, artistas brasileiros, a exemplo de Milton Nascimento, Criolo e Caetano Veloso, fizeram um show beneficente na capital mineira com mais uma dezena de músicos. Até mesmo os estrangeiros da banda Pearl Jam doaram o cachê de R$ 100 mil do show em Belo Horizonte para as vítimas da Samarco.


(Foto: Ibama)

Já se passou mais de um mês desde a tragédia e Mariana ainda pede socorro. A Samarco procura reparar os erros cometidos e a atividade turística da cidade está aos pedaços. Vale a pena ir? Mariana está de braços abertos para novos turistas? Ouro Preto não seria uma opção mais viável? A grande forma de ajudar o destino a se reerguer é justamente visitando. Resta saber quando isso voltará a acontecer.

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