Arquiteto de aeroportos revela segredos de projetos
Pat Askew foi responsável por LAX e JFK, nos Estados Unidos
O arquiteto Pat Askew, responsável pelo projeto de aeroportos como o de Los Angeles (LAX), Chicago (O’Hare) e Nova York (JFK) – além de ser um dos mentores do Terminal 5 do londrino Heathrow – revelou diversas curiosidades em relação ao trabalho e estratégia para esse tipo de obra.
Em entrevista ao Skift, o atual líder do escritório HKS disse que ficou viciado pelo trabalho após a sua primeira reunião.
Na época, com pouco mais de 20 anos de idade, ele havia substituído seu chefe durante encontro que tinha como objetivo definir melhorias para o aeroporto St. Louis Lambert, de Missouri, nos Estados Unidos.
“Pensar no que os passageiros precisam é absolutamente crítico ao longo de toda a jornada, desde o check-in até chegar ao avião, mas boa parte disso é muito simples. Trata-se de ter espaço aberto suficiente para que as pessoas vejam para onde estão indo”, resume o arquiteto.
“Muitos estão no negócio apenas para ganhar dinheiro. Às vezes, eles operam em um ambiente onde as tarifas da companhia aérea e as tarifas dos bilhetes são reguladas para que os aeroportos tenham que compensar a diferença vendendo muitas coisas através de varejo ou alimentos”, explica Askew sobre algumas exigências em projetos.
TÉCNICA
Para tranquilizar os milhões de passageiros durante a experiência nos ambientes, Pat Askew afirma que o segredo está na iluminação e nos materiais de construção. “É preciso usar coisas claras e simples, com uma falta de caos visual. O ruído e os anúncios contribuem para a ansiedade das pessoas. Além disso, o rastreio de segurança pode ser tratado de forma que seja aberto, e há coisas para que as pessoas possam olhar e fazer, e pensem enquanto estão esperando na fila para distraí-los, como faz a Disney”.
Outra curiosidade é o atual desuso de tapetes, que são considerados um problema, apesar de alguns pontos positivos do objeto. “Vários aeroportos utilizavam tapetes e isso era mais uma questão de acústica, dava para cobrir muitos problemas de ruído. Também é mais fácil de caminhar, porém dificulta a passagem com as malas. Mesmo assim, é um verdadeiro pesadelo de manutenção após algum tempo. Não importa o quanto você limpe, não está limpo, e isso requer substituição com frequência”.
Hoje os ruídos são controlados por diferentes móveis com materiais mais absorventes, estofados, painéis acústicos e alguns controladores de ruídos. Em paralelo, há um trabalho de instalação de repetidores e outros meios que ajudam a distribuir melhor o sinal de internet.
FUTURO
O arquiteto é bem otimista em relação à humanização dos espaços, mas admite que é difícil apostar em algo no momento. “Eu acho que os aeroportos serão realmente românticos do ponto de vista de que serão menos voltados apenas ao processamento de pessoas.” “Não será uma temida experiência chegar três horas antes e depois sentar-se em uma sala apertada para conseguir wi-fi, isso para daqui 20, 30 anos. Já 60, 70, 80 anos, ou talvez dentro de 100 anos absolutamente tudo será diferente”, finaliza.
Em entrevista ao Skift, o atual líder do escritório HKS disse que ficou viciado pelo trabalho após a sua primeira reunião.
Na época, com pouco mais de 20 anos de idade, ele havia substituído seu chefe durante encontro que tinha como objetivo definir melhorias para o aeroporto St. Louis Lambert, de Missouri, nos Estados Unidos.
“Pensar no que os passageiros precisam é absolutamente crítico ao longo de toda a jornada, desde o check-in até chegar ao avião, mas boa parte disso é muito simples. Trata-se de ter espaço aberto suficiente para que as pessoas vejam para onde estão indo”, resume o arquiteto.
“Muitos estão no negócio apenas para ganhar dinheiro. Às vezes, eles operam em um ambiente onde as tarifas da companhia aérea e as tarifas dos bilhetes são reguladas para que os aeroportos tenham que compensar a diferença vendendo muitas coisas através de varejo ou alimentos”, explica Askew sobre algumas exigências em projetos.
TÉCNICA
Para tranquilizar os milhões de passageiros durante a experiência nos ambientes, Pat Askew afirma que o segredo está na iluminação e nos materiais de construção. “É preciso usar coisas claras e simples, com uma falta de caos visual. O ruído e os anúncios contribuem para a ansiedade das pessoas. Além disso, o rastreio de segurança pode ser tratado de forma que seja aberto, e há coisas para que as pessoas possam olhar e fazer, e pensem enquanto estão esperando na fila para distraí-los, como faz a Disney”.
Outra curiosidade é o atual desuso de tapetes, que são considerados um problema, apesar de alguns pontos positivos do objeto. “Vários aeroportos utilizavam tapetes e isso era mais uma questão de acústica, dava para cobrir muitos problemas de ruído. Também é mais fácil de caminhar, porém dificulta a passagem com as malas. Mesmo assim, é um verdadeiro pesadelo de manutenção após algum tempo. Não importa o quanto você limpe, não está limpo, e isso requer substituição com frequência”.
Hoje os ruídos são controlados por diferentes móveis com materiais mais absorventes, estofados, painéis acústicos e alguns controladores de ruídos. Em paralelo, há um trabalho de instalação de repetidores e outros meios que ajudam a distribuir melhor o sinal de internet.
FUTURO
O arquiteto é bem otimista em relação à humanização dos espaços, mas admite que é difícil apostar em algo no momento. “Eu acho que os aeroportos serão realmente românticos do ponto de vista de que serão menos voltados apenas ao processamento de pessoas.” “Não será uma temida experiência chegar três horas antes e depois sentar-se em uma sala apertada para conseguir wi-fi, isso para daqui 20, 30 anos. Já 60, 70, 80 anos, ou talvez dentro de 100 anos absolutamente tudo será diferente”, finaliza.
*Fonte: Skift