Renato Machado   |   13/12/2017 12:56

GRU e BSB serão pontos-chave da Latam em 2018, diz CEO

O passageiro Latam Brasil verá cada vez mais voos e rotas saindo de Guarulhos e Brasília. Os dois aeroportos se consolidaram em 2017 como os grandes hubs nacionais da aérea brasileira e a estratégia só deve se aprofundar no ano que vem, conforme fala do CEO da Lat

Emerson Souza
Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil
Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil
O passageiro Latam Brasil verá cada vez mais voos e rotas saindo de Guarulhos e Brasília. Os dois aeroportos se consolidaram em 2017 como os grandes hubs nacionais da aérea brasileira e a estratégia só deve se aprofundar no ano que vem, conforme fala do CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, durante evento com jornalistas na manhã desta quarta-feira.

Segundo o executivo, encorpar a oferta de voo nos dois aeroportos era o objetivo. A companhia termina o ano com crescimento de 17% no número de voos em Guarulhos e 7% em Brasília. Para Cadier, “2018 será um ano que vamos olhar de forma bastante profunda para Guarulhos e Brasília, que são nossos grandes hubs no Brasil”.

A consolidação dos dois hubs não serve apenas para o mercado doméstico. “A Latam, na medida que se constrói como um grande conjunto de companhias, entrega melhor sua rede. Ela abre destinos não oferecidos antes e busca conectar o passageiro de maneira muito melhor”, comenta Cadier.

Um processo que blinda a operação da aérea no Brasil mesmo diante de volatilidades econômicas. “Começa a se ter uma oferta como se imaginou, muito mais integrada com as redes das diversas Latam. Isso também nos ajuda, como nos ajudou na crise no Brasil, quando a demanda para a Europa foi bastante reduzida e sofremos menos por contar com os passageiros vindos da Argentina. A gente consegue ver agora uma companhia que opera muito melhor na sua rede”, explica.

Com redução de oferta em 4% no ano, segundo dados apresentados nesta semana, Jerome Cadier não vê a aérea em 2018 retomando patamares pré-crise. “Ano que vem vemos um número em crescimento, mas não volta pros níveis de 2015. Mas começa a ter uma malha diferente, a gente concentra mais conectividade. Antes eu fazia mais ponto a ponto, o mesmo voo parando em diversas cidades, e menos conexão. A malha volta a crescer, mas diferente de 2015 e 2014, quando eu tinha mais voos ‘pinga-pinga’.”

No tema hub, tão reforçado pela indústria como um todo no Brasil, Cadier também aproveitou para cutucar rivais. “A concorrência fala que montou hub, mas é um voo diário, isso não é hub para ninguém. Hub é muito mais complexo, é uma série de voos para diversas cidades”, comenta, confirmando que os planos da Latam Brasil para um hub no Nordeste estão “congelados”.

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