Lufthansa descarta DCC no Brasil e aposta em mais oferta
A Lufthansa tem uma nova VP Sênior de Vendas global, Heike Birlenbach, que contou planos de crescimento e investimento para o Brasil.
Desde 1º de janeiro de 2017, a alemã Lufthansa conta com uma vice-presidente sênior de Vendas para as Empresas Aéreas Hub Lufthansa e diretora comercial do Hub Frankfurt. Trata-se de Heike Birlenbach, que atuou em sua última função como vice-presidente de Vendas para Europa, Oriente Médio e África (Emea).
Após pouco mais de nove meses, a executiva desembarcou no Brasil em sua primeira visita. A escolha foi a cidade de São Paulo, onde reuniu a imprensa para destacar a confiança do Grupo Lufthansa como um todo no mercado sul-americano, em especial o brasileiro. Muito além da chegada do Boeing 777-300 ER da Swiss Air para São Paulo, em 9 março de 2018, que aumentará a capacidade de passageiros na rota com Zurique em 121 passageiros por voo, a empresa virou assunto novamente após a retomada da taxa Distribution Cost Charge (DCC), taxa sobre a distribuição por meios indiretos, que se tornou alvo de investigação na Comissão Europeia dois anos após sua implementação.
Para Heike, mesmo com toda a repercussão negativa por parte do trade europeu, a Lufthansa fez a decisão certa. “Quando olho para 2015, eu vejo que demos o passo certo. Temos hoje um elemento de diferenciação de preço em nosso canal de vendas. Sem dúvida, tomamos a decisão certa e agora temos ofertas diferentes aos nossos clientes. Estamos desafiando o status quo da indústria [com o DCC]”, declarou a VP sênior.
E A TAXA NO BRASIL?
Ao ser perguntado sobre uma eventual implantação no Brasil – o planejamento era de acontecer em 1º de setembro de 2015, mas foi adiado por tempo indeterminado, o diretor de Vendas para América do Sul, Tom Maes, foi enfático: não há previsão no momento, mas há novas tecnologias de distribuição à vista e essas transformações serão “investigadas de perto” no breve futuro.
A aceitação desse novo modelo ainda não revelado, segundo a diretora geral da Lufthansa no Brasil, Annette Taeuber, pode acontecer com uma facilidade maior do que se imagina. “Os agentes de viagens têm interesse em conhecer um conteúdo diferenciado para o seu cliente. E vemos uma abertura às possibilidades de novas distribuições do grupo”, afirmou à reportagem.
DAQUI PARA FRENTE
Outra certeza, ao menos para 2018, é manter a malha para o Brasil como está. Atualmente, a Lufthansa tem voos de São Paulo e Rio de Janeiro para Frankfurt; a Edelweiss, uma subsidiária da aérea suíça, conecta Zurique ao Rio de Janeiro; por fim, a Swiss voa de São Paulo para Zurique. O aumento da capacidade em 121 assentos para essa última rota será a grande novidade do próximo ano, ao que tudo indica.
A volta do voo São Paulo-Munique não é pensada brevemente, afinal, tudo depende de como a economia reagirá às adversidades.
“Não temos decisão de voltar em 2018, mas estamos sempre de olho nas oportunidades. Retiramos esse voo justamente porque a economia brasileira estava muito fraca e a rota não performava com sucesso. Trazer o B777 da Swiss é bastante para esse mercado”, concluiu Heike.
O B777-300 ER vai pousar em São Paulo com um novo interior, incluindo assentos na primeira classe, na executiva e na econômica. Além disso, o sistema de entretenimento de bordo estará completamente remodelado.
Já a temporada de inverno europeu, de novembro a março, contou com um aumento nas frequências da Lufthansa. A ligação entre o Rio de Janeiro e Frankfurt ganhou dois voos a mais, passando de cinco para sete. A alta demanda de brasileiros e alemães a lazer e a negócios justifica a permanência para 2018.
PENSAR GRANDE
O pensamento global da Lufthansa, ao que tudo indica, é ser a empresa número um na escolha dos passageiros por meio de uma oferta serviços personalizados e servir de referência para seus funcionários. Para isso, investirá mais de 2,5 bilhões de euros em produtos e alinha um futuro de maior independência e de posicionamento além dos limites da Alemanha.
A compra de partes de ações da Air Berlin, que pediu falência à justiça, deve acontecer nas próximas semanas. Outra prioridade é tornar a Eurowings, a resposta do grupo às low costs, uma das três maiores da Europa em pouco tempo.
Após pouco mais de nove meses, a executiva desembarcou no Brasil em sua primeira visita. A escolha foi a cidade de São Paulo, onde reuniu a imprensa para destacar a confiança do Grupo Lufthansa como um todo no mercado sul-americano, em especial o brasileiro. Muito além da chegada do Boeing 777-300 ER da Swiss Air para São Paulo, em 9 março de 2018, que aumentará a capacidade de passageiros na rota com Zurique em 121 passageiros por voo, a empresa virou assunto novamente após a retomada da taxa Distribution Cost Charge (DCC), taxa sobre a distribuição por meios indiretos, que se tornou alvo de investigação na Comissão Europeia dois anos após sua implementação.
Para Heike, mesmo com toda a repercussão negativa por parte do trade europeu, a Lufthansa fez a decisão certa. “Quando olho para 2015, eu vejo que demos o passo certo. Temos hoje um elemento de diferenciação de preço em nosso canal de vendas. Sem dúvida, tomamos a decisão certa e agora temos ofertas diferentes aos nossos clientes. Estamos desafiando o status quo da indústria [com o DCC]”, declarou a VP sênior.
E A TAXA NO BRASIL?
Ao ser perguntado sobre uma eventual implantação no Brasil – o planejamento era de acontecer em 1º de setembro de 2015, mas foi adiado por tempo indeterminado, o diretor de Vendas para América do Sul, Tom Maes, foi enfático: não há previsão no momento, mas há novas tecnologias de distribuição à vista e essas transformações serão “investigadas de perto” no breve futuro.
A aceitação desse novo modelo ainda não revelado, segundo a diretora geral da Lufthansa no Brasil, Annette Taeuber, pode acontecer com uma facilidade maior do que se imagina. “Os agentes de viagens têm interesse em conhecer um conteúdo diferenciado para o seu cliente. E vemos uma abertura às possibilidades de novas distribuições do grupo”, afirmou à reportagem.
DAQUI PARA FRENTE
Outra certeza, ao menos para 2018, é manter a malha para o Brasil como está. Atualmente, a Lufthansa tem voos de São Paulo e Rio de Janeiro para Frankfurt; a Edelweiss, uma subsidiária da aérea suíça, conecta Zurique ao Rio de Janeiro; por fim, a Swiss voa de São Paulo para Zurique. O aumento da capacidade em 121 assentos para essa última rota será a grande novidade do próximo ano, ao que tudo indica.
A volta do voo São Paulo-Munique não é pensada brevemente, afinal, tudo depende de como a economia reagirá às adversidades.
“Não temos decisão de voltar em 2018, mas estamos sempre de olho nas oportunidades. Retiramos esse voo justamente porque a economia brasileira estava muito fraca e a rota não performava com sucesso. Trazer o B777 da Swiss é bastante para esse mercado”, concluiu Heike.
O B777-300 ER vai pousar em São Paulo com um novo interior, incluindo assentos na primeira classe, na executiva e na econômica. Além disso, o sistema de entretenimento de bordo estará completamente remodelado.
Já a temporada de inverno europeu, de novembro a março, contou com um aumento nas frequências da Lufthansa. A ligação entre o Rio de Janeiro e Frankfurt ganhou dois voos a mais, passando de cinco para sete. A alta demanda de brasileiros e alemães a lazer e a negócios justifica a permanência para 2018.
PENSAR GRANDE
O pensamento global da Lufthansa, ao que tudo indica, é ser a empresa número um na escolha dos passageiros por meio de uma oferta serviços personalizados e servir de referência para seus funcionários. Para isso, investirá mais de 2,5 bilhões de euros em produtos e alinha um futuro de maior independência e de posicionamento além dos limites da Alemanha.
A compra de partes de ações da Air Berlin, que pediu falência à justiça, deve acontecer nas próximas semanas. Outra prioridade é tornar a Eurowings, a resposta do grupo às low costs, uma das três maiores da Europa em pouco tempo.