Pesquisas estudam uso de biocombustível em aeronaves
Pesquisas estudam substituir a cana-de-açúcar pela cana-energia na produção de etanol
Um dos desafios para quem pensa em mobilidade é reduzir os impactos ambientais por meio de novas tecnologias e pesquisas, que buscam a ampliação do uso de combustíveis sustentáveis. O setor do transporte foi a segunda maior causa de emissões de dióxido de carbono (CO2) no Brasil, representando 11% do total bruto de 1.927 bilhão de toneladas – atrás apenas do setor agropecuário, segundo pesquisa realizada pelo Observatório do Clima.
Atualmente os biocombustíveis representam 38% da matriz energética brasileira, sendo a maior parte sucroenergético (álcool, açúcar e biomassa da cana) ou proveniente das oleoginosas, como soja, dendê, girassol, babaçu, amendoim, mamona e pinhão-manso. Outros combustíveis, como o biodiesel de resíduos da indústria de alimentos e o biometano, têm ganhado espaço, lentamente.
“A biomassa residual, os resíduos agrícolas, os resíduos dos matadouros e resíduos sólidos urbanos têm grande potencial”, afirma o coordenador geral de tecnologias setoriais do Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Eduardo Soriano. “A média de produtividade de cana-de-açúcar, por exemplo no Centro-Sul, é 140 toneladas por hectare. Nós estamos produzindo a cana [-energia], em forma de pesquisa, e já está chegando a 200 toneladas por hectare e pode chegar a 300. O Brasil pode aumentar e muito a sua produção de etanol sem usar um hectare a mais de terra”, argumenta.
AVIAÇÃO
A novidade na área de pesquisa para combustíveis aplicados ao transporte está relacionada ao combustível renovável para aviação, com pesquisas no Brasil para uso de energia elétrica e de bioquerosene. A primeira é a rota de síntese, que usa a energia elétrica para separar o hidrogênio e o oxigênio da água para produzir o gás de síntese. Esse gás se mistura a outros gases para formar um combustível adequado para a aviação.
No final do mês de junho, Brasil e Alemanha firmaram um acordo para a construção de uma planta piloto no Brasil para desenvolver pesquisas com o novo combustível nos próximos cinco anos, que possam ser produzidos em diversos locais.
A outra linha de pesquisa é a biológica com uso do bioquerosene de aviação (BioQAV) produzido a partir de oleoginosas. Em novembro de 2010, uma companhia aérea brasileira realizou o primeiro voo com um Airbus A320 abastecido com uma mistura de 50% do combustível sustentável. A aeronave sobrevoou por 45 minutos o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
Nos últimos anos, companhias aéreas brasileiras adotaram cerca de 4% de adição do BioQAV no combustível. Os líderes mundiais no uso de biocombustíveis nos transportes aéreos e nas pesquisas no setor são Estados Unidos e Portugal. “O Brasil, como líder mundial em biocombustível, não pode perder essa corrida, então nós estamos empenhados em desenvolver essa questão dos bioquerosenes de aviação”, completa Soriano.
Atualmente os biocombustíveis representam 38% da matriz energética brasileira, sendo a maior parte sucroenergético (álcool, açúcar e biomassa da cana) ou proveniente das oleoginosas, como soja, dendê, girassol, babaçu, amendoim, mamona e pinhão-manso. Outros combustíveis, como o biodiesel de resíduos da indústria de alimentos e o biometano, têm ganhado espaço, lentamente.
“A biomassa residual, os resíduos agrícolas, os resíduos dos matadouros e resíduos sólidos urbanos têm grande potencial”, afirma o coordenador geral de tecnologias setoriais do Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Eduardo Soriano. “A média de produtividade de cana-de-açúcar, por exemplo no Centro-Sul, é 140 toneladas por hectare. Nós estamos produzindo a cana [-energia], em forma de pesquisa, e já está chegando a 200 toneladas por hectare e pode chegar a 300. O Brasil pode aumentar e muito a sua produção de etanol sem usar um hectare a mais de terra”, argumenta.
AVIAÇÃO
A novidade na área de pesquisa para combustíveis aplicados ao transporte está relacionada ao combustível renovável para aviação, com pesquisas no Brasil para uso de energia elétrica e de bioquerosene. A primeira é a rota de síntese, que usa a energia elétrica para separar o hidrogênio e o oxigênio da água para produzir o gás de síntese. Esse gás se mistura a outros gases para formar um combustível adequado para a aviação.
No final do mês de junho, Brasil e Alemanha firmaram um acordo para a construção de uma planta piloto no Brasil para desenvolver pesquisas com o novo combustível nos próximos cinco anos, que possam ser produzidos em diversos locais.
A outra linha de pesquisa é a biológica com uso do bioquerosene de aviação (BioQAV) produzido a partir de oleoginosas. Em novembro de 2010, uma companhia aérea brasileira realizou o primeiro voo com um Airbus A320 abastecido com uma mistura de 50% do combustível sustentável. A aeronave sobrevoou por 45 minutos o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
Nos últimos anos, companhias aéreas brasileiras adotaram cerca de 4% de adição do BioQAV no combustível. Os líderes mundiais no uso de biocombustíveis nos transportes aéreos e nas pesquisas no setor são Estados Unidos e Portugal. “O Brasil, como líder mundial em biocombustível, não pode perder essa corrida, então nós estamos empenhados em desenvolver essa questão dos bioquerosenes de aviação”, completa Soriano.
*Fonte: Agência Brasil