Obras na pista do aeroporto de Natal já geram polêmica
Entre os dia 11 de setembro e 10 de outubro, segundo Martins, começam as intervenções na pista principal do aeroporto potiguar
As obras de reparo na pista e o remanejamento de voos do aeroporto internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, foram discutidos em reunião da Câmara Empresarial do Turismo da Fecomércio-RN nesta quarta-feira (14), na sede da Federação. Pelo que já se observou antes mesmo da reunião, o turismo potiguar passará por momentos delicados, de declínio e de incertezas. O único voo que liga Natal à Europa, da Tap, com origem em Lisboa e quatro ligações semanais, está cancelado no período das obras da pista do aeroporto.
Vale ressaltar que o aeroporto construído às pressas para a Copa do Mundo de 2014 não agradou à maioria da população. Já há até pedidos formais e protocolados de retorno de operação do antigo Aeroporto Augusto Severo. O aeroporto de São Gonçalo do Amarante (a cerca de 50 quilômetros do centro de Natal) tem trajeto inadequado, já que cruza a populosa zona norte da capital potiguar, cuja principal avenida tem vários picos de engarrafamento ao logo do dia, o que às vezes resulta em perda de voos por parte de passageiros menos prevenidos.
O superintendente da Inframerica (concessionária do aeroporto), Ibernon Gomes Martins, apresentou os detalhes da logística operacional durante as obras, estratégia que gerou bastante polêmica. Entre os dia 11 de setembro e 10 de outubro, segundo Martins, começam as intervenções na pista principal do aeroporto potiguar. Neste período, o aeroporto só irá operar das 5h30 às 17h30. E mesmo assim com a pista auxiliar. Para o superintendente, porém, não haverá problemas, já que as medidas das duas pistas são as mesmas.
“Passamos um ano estudando, montamos quatro cenários e esse é o de menor impacto. Escolhemos setembro, pós feriado, por ter uma baixa movimentação histórica e baixo índice pluviométrico. Tudo isso foi discutido com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), que são órgãos públicos, além das companhias aéreas, que já ajustaram as malhas e reprogramaram os voos. É uma obra de média complexidade, com investimento próprio”, declarou Martins.
O debate ficou acirrado quando Martins apresentou dados que embasariam a tese de que as obras não irão afetar de forma significativa as operações do aeroporto. Segundo a Inframerica, a perda de voos será de 7% no período. “Em dois anos de operação, percebemos o problema. Não tínhamos responsabilidade na pista durante a construção do aeroporto. Essa é uma ação preventiva na recuperação da pista de pouso e decolagem. A pista é segura e atende aos requisitos de segurança operacional das normas internacionais de aviação”, reforçou.
Os números foram contestados pelo presidente da ABIH-RN, José Odécio, e pelo presidente da Abav RN, Abdon Gosson. “A Inframérica está deixando de considerar algo fundamental, que é o número de passageiros. Pelas contas que fizemos, iremos deixar de receber cerca de 7,2 mil passageiros por semana durante este período. São quase 30 mil passageiros a menos em um mês, com impactos profundos na atividade turística, como um todo”, afirmou Odécio, que reclamou de uma falta de aproximação da Inframérica com a classe empresarial turística do RN. “Tenho certeza que, se tivéssemos conversado antes, há um ano, teríamos grandes chances de encontrar uma solução menos traumática para a realização destes reparos”, afirmou ele.
O presidente da Fecomércio-RN, Marcelo Queiroz, pediu que a Inframerica refizesse as contas e apresentasse, o quanto antes, os dados reais deste impacto. “Nós estamos à disposição para ajudar no que for possível, no sentido de reduzir ao mínimo os prejuízos que o turismo potiguar certamente terá com estas obras e as mudanças no funcionamento do aeroporto”, afirmou Queiroz. O superintendente da Inframerica se comprometeu a rever os números e passar a manter um contato mais direto com a Fecomércio e com as entidades ligadas ao turismo do RN.
Vale ressaltar que o aeroporto construído às pressas para a Copa do Mundo de 2014 não agradou à maioria da população. Já há até pedidos formais e protocolados de retorno de operação do antigo Aeroporto Augusto Severo. O aeroporto de São Gonçalo do Amarante (a cerca de 50 quilômetros do centro de Natal) tem trajeto inadequado, já que cruza a populosa zona norte da capital potiguar, cuja principal avenida tem vários picos de engarrafamento ao logo do dia, o que às vezes resulta em perda de voos por parte de passageiros menos prevenidos.
O superintendente da Inframerica (concessionária do aeroporto), Ibernon Gomes Martins, apresentou os detalhes da logística operacional durante as obras, estratégia que gerou bastante polêmica. Entre os dia 11 de setembro e 10 de outubro, segundo Martins, começam as intervenções na pista principal do aeroporto potiguar. Neste período, o aeroporto só irá operar das 5h30 às 17h30. E mesmo assim com a pista auxiliar. Para o superintendente, porém, não haverá problemas, já que as medidas das duas pistas são as mesmas.
“Passamos um ano estudando, montamos quatro cenários e esse é o de menor impacto. Escolhemos setembro, pós feriado, por ter uma baixa movimentação histórica e baixo índice pluviométrico. Tudo isso foi discutido com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), que são órgãos públicos, além das companhias aéreas, que já ajustaram as malhas e reprogramaram os voos. É uma obra de média complexidade, com investimento próprio”, declarou Martins.
O debate ficou acirrado quando Martins apresentou dados que embasariam a tese de que as obras não irão afetar de forma significativa as operações do aeroporto. Segundo a Inframerica, a perda de voos será de 7% no período. “Em dois anos de operação, percebemos o problema. Não tínhamos responsabilidade na pista durante a construção do aeroporto. Essa é uma ação preventiva na recuperação da pista de pouso e decolagem. A pista é segura e atende aos requisitos de segurança operacional das normas internacionais de aviação”, reforçou.
Os números foram contestados pelo presidente da ABIH-RN, José Odécio, e pelo presidente da Abav RN, Abdon Gosson. “A Inframérica está deixando de considerar algo fundamental, que é o número de passageiros. Pelas contas que fizemos, iremos deixar de receber cerca de 7,2 mil passageiros por semana durante este período. São quase 30 mil passageiros a menos em um mês, com impactos profundos na atividade turística, como um todo”, afirmou Odécio, que reclamou de uma falta de aproximação da Inframérica com a classe empresarial turística do RN. “Tenho certeza que, se tivéssemos conversado antes, há um ano, teríamos grandes chances de encontrar uma solução menos traumática para a realização destes reparos”, afirmou ele.
O presidente da Fecomércio-RN, Marcelo Queiroz, pediu que a Inframerica refizesse as contas e apresentasse, o quanto antes, os dados reais deste impacto. “Nós estamos à disposição para ajudar no que for possível, no sentido de reduzir ao mínimo os prejuízos que o turismo potiguar certamente terá com estas obras e as mudanças no funcionamento do aeroporto”, afirmou Queiroz. O superintendente da Inframerica se comprometeu a rever os números e passar a manter um contato mais direto com a Fecomércio e com as entidades ligadas ao turismo do RN.