Alitalia aprova plano e reduz 1 bilhão de euros em gastos
Com medidas radicais, o novo plano de negócios para recuperação da companhia italiana foi aprovado ontem (15), em Roma; além de reduzir os gastos da empresa em 1 bilhão de euros até 2019, prevê também 30% de aumento nas receitas.
Buscando se manter com os pés firmes e se recuperar da crise financeira sofrida pela empresa, que somente no último ano teve um prejuízo de 450 milhões de euros, o Conselho de Administração da Alitalia aprovou nesta quarta (15), em Roma, novo plano de negócios para o período 2017-2021, que deve tornar a aérea rentável novamente até 2019.
Prevendo medidas radicais, a estratégia traçada pela companhia visa estabilizar os negócios e ”garantir a sustentabilidade em longo prazo”. Entre elas, a retração dos custos da empresa em um bilhão de euros nos três primeiros anos do plano (até 2019), com reduções nos custos operacionais e de mão de obra. É previsto ainda o aumento de receitas em 30% no mesmo período, de 2,9 para 3,7 bilhões de euros, e a redução de 20 aeronaves da frota de pequeno porte.
Após o plano da diretoria ser apresentado ao governo italiano, a administração da companhia precisa ainda se reunir com os sindicatos para explicar os detalhes das mudanças, como as medidas relacionadas ao número de funcionários e as negociações sobre um novo acordo coletivo de trabalho.
A ideia é que quatro pilares sejam a base da recuperação da empresa: um modelo de negócio recalibrado; reduções de custos e aumento da produtividade; otimização da rede e parcerias; e o desenvolvimento de novas iniciativas comerciais, utilizando investimentos tecnológicos para impulsionar a receita.
"Com a aprovação pelo Conselho de Administração da segunda fase do nosso plano de negócios, podemos agora acelerar as nossas ações no sentido de transformar a Alitalia”, afirmou o CEO da Alitalia, Cramer Ball.
“Reconstruímos nossa marca na primeira fase e investimos fortemente em treinamento e tecnologia para que agora possamos avançar e implementar mudanças abrangentes. (...) Os hábitos de compra dos consumidores foram moldados pela forma como as transportadoras de baixo custo vendem seus produtos. Estou confiante de que a próxima fase do plano industrial representará o passo em frente necessário, desde que todas as partes interessadas desempenhem o seu papel”, finalizou o executivo da companhia italiana.