Renato Machado   |   11/11/2016 13:00

App-passaporte: tendência na segurança imigratória?

Os Estados Unidos servem como modelo de gestão nas mais diversas áreas da sociedade. Não há como negar, no entanto, que segurança é um dos temas em que os norte-americanos são especialistas. Medidas tomadas pelo seu governo são espelhadas e re

Divulgação/US TSA
Longas e cansativas triagens podem estar com os dias contados
Longas e cansativas triagens podem estar com os dias contados
Os Estados Unidos servem como modelo de gestão nas mais diversas áreas da sociedade. Não há como negar, no entanto, que segurança é um dos temas em que os norte-americanos são especialistas. Medidas tomadas pelo seu governo são espelhadas e reproduzidas por todo o mundo, principalmente quando o setor em questão é a aviação.

Após o 11 de setembro, o segmento sofreu mudanças drásticas. Iniciadas nos Estados Unidos, as medidas se espalharam rapidamente pelos países. Grandes quantidades de líquidos foram barradas, escaneamento total de malas e pertences foram implantados, cuidados com aparelhos eletrônicos foram intensificados. Ações hoje banais, mas que não existiam antes dos norte-americanos as implementarem.

Por lá, manter a rigidez alfandegária e ao mesmo tempo diminuir espera e aumentar o conforto do passageiro já é uma tendência clara. Filas homéricas, entrevistas extensas e as desconfortáveis revistas não são o futuro da aviação, é o que indica as ações do governo norte-americano.

Em 2011, visando agilizar a triagem de passageiros, o Escritório de Segurança no Transporte dos EUA (TSA) criou o Pre-check, um programa onde membros (US$ 85 por ano para se cadastrar) são previamente entrevistados por autoridades e, quando no aeroporto, furam filas e ficam, em média, menos de cinco minutos na triagem de segurança.

O novo movimento do país agora é a popularização desses serviços e, para tal, o smartphone foi a plataforma escolhida. Com o aplicativo de celular Mobile Passport Control (controle móvel de passaporte, em tradução livre), o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (CBP) abre um novo caminho para a segurança de pessoas em trânsito.

O app pede informações do passageiro (ou de membros da família que acompanham), uma selfie e a resposta para quatro perguntas de segurança. Os dados são enviados ao CBP que, em segundos, retorna com uma espécie QR code. Com o código em mãos, o passageiro deve apenas apresentar a tela do celular (e seu passaporte) a um oficial, que então fará a liberação. Atualmente o serviço está disponível em 20 aeroportos e um porto dos Estados Unidos – somente para cidadãos dos Estados Unidos e Canadá.

O aplicativo é uma realidade ainda distante para a segurança da aviação no Brasil. No entanto, com os sinais claros dados pelos órgãos responsáveis nos Estados Unidos, a utilização de celulares no controle de pessoas em trânsito internacional deve ser o futuro do segmento em escala global.

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