Roberta Queiroz   |   14/10/2016 13:17

Embraer e EUA se aproximam de acordo em investigações

A Embraer está perto de assinar um acordo com os Estados Unidos para facilitar a agilizar as investigações em curso em ambos os países. A notícia divulgada ontem (14) agradou os investidores, que viram a ação da companhia brasileiro subir 2,5% na Bov

Empresa é acusada de corrupção em pelo menos cinco países
Empresa é acusada de corrupção em pelo menos cinco países
A Embraer está perto de assinar um acordo com os Estados Unidos para facilitar e agilizar as investigações envolvendo a empresa em ambos os países. A notícia divulgada ontem (14) agradou os investidores, que viram a ação da companhia brasileiro subir 2,5% na Bovespa e ser cotada a R$14,36. Segundo analistas, a reação positiva do mercado pode ser interpretada como um apoio dos investidores à aliança entre Brasil e Estados Unidos.

Ao falar sobre a proximidade do acordo, a Embraer fez referência a investigações realizadas no Brasil ao declarar que “está buscando ultimar acordo com o Ministério Público Federal e a Comissão de Valores Mobiliárias para a resolução de alegações de descumprimento de determinadas leis brasileiras”. Até então, a empresa alegava que só respondia processos nos Estados Unidos.

HISTÓRICO
O processo de investigação teve início em solo norte-americano. Em 2010, as autoridades decidiram averiguar vendas feitas pela Embraer ao governo da República Dominicana. Na sequência, Índia, Arábia Saudita e Moçambique também entraram no radar. As autoridades brasileiras foram contatadas em paralelo.

Já em 2014, o MPF denunciou oito funcionários da Embraer por um suposto envolvimento em esquemas de suborno de autoridades da República Dominicana em troca de um contrato de US$ 92 milhões para fornecer aviões militares às forças armadas do país. Nessa ocasião, o MPF contou com o apoio do Departamento de Justiça e a SEC (Securities and Exchange Commission) dos Estados Unidos.

Recentemente, em março deste ano, o consultor de vendas Elio Moti Sonnenfeld, que alegou ter pago propinas em nome da Embraer, declarou a procuradores no Brasil acreditar que os principais executivos da empresa, incluindo o ex-presidente Frederico Curado, sabiam do esquema de suborno. Sonnenfeld disse ter recebido uma comissão de US$ 3,4 milhões da Embraer e repassou, na forma de propina, a uma autoridade na República Dominicana.

DEMISSÕES

Na última terça-feira (11), a Embraer finalizou as inscrições para o segundo Programa de Demissões Voluntárias (PDV). Ao todo, 180 colaboradores se candidataram entre os dias 6 e 11 de outubro. A companhia afirma que os casos serão analisados até hoje e que os desligamentos devem começar a partir de segunda-feira.


*Fonte: Valor Econômico

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