Renato Machado   |   12/09/2016 17:11

Entidade chilena condena aliança entre Latam e aéreas

A Associação Chilena de Empresas de Turismo (Achet) divulgou carta atacando a aliança global proposta por Latam Airlines, American Airlines, Iberia e British Airways. Em carta endereçada a embaixadas, parlamentares, ministros, meios de comunicação e associa

Divulgação
Latam (foto) é uma das aéreas da aliança, formada ao lado de American, Iberia e British
A Associação Chilena de Empresas de Turismo (Achet) divulgou carta atacando a aliança global proposta por Latam Airlines, American Airlines, Iberia e British Airways. No texto endereçado a embaixadas, parlamentares, ministros, meios de comunicação e associações de comércio, a entidade pede a revisão do negócio, que traria um “impacto negativo” ao mercado chileno.

“Esta aliança, na opinião dos próprios atores envolvidos, é praticamente uma fusão que, em se concretizando, consolidaria a maior operação de concentração da história da aviação comercial do Chile, e dominaria sem obstáculos os principais centros de distribuição aéreos internacionais da América do Sul, América do Norte e Europa”, diz a carta.

Análises da Achet mostram que, na rota entre América do Sul e Estados Unidos (e/ou Canadá), Latam e American Airlines alcançariam juntas 78% de participação do mercado. Já na rota com a Europa, a Latam somaria, juntamente da Iberia, 64% de Market-share.

JOINT BUSINESS
Em janeiro, as quatro companhias aéreas citadas anunciaram um joint business agreement (JBA), que não envolve transações de propriedade, mudança de controle, transferência de capital ou criação de uma nova empresa. Por expandir a malha aérea das empresas envolvidas e "extrapolar" os efeitos de um acordo de codeshare, o JBA em questão foi classificado, em agosto, no Brasil, como "complexo" pelo Conselho Administrativo de Desfesa Econômica (Cade).

RESPOSTA
Em comunicado, a Latam garante que os acordos com IAG e AA implicam em importantes benefícios para os consumidores e estão alinhados com as normas de livre concorrência.

"Esses tipos de acordos já foram aprovados por diversas autoridades de livre concorrência no mundo, incluindo Estados Unidos e Europa, que reconhecem seus benefícios. Dentre eles, estão:

- Acesso a uma rede de mais de 420 destinos, mais voos e melhores tempos de conexão, melhores preços para destinos não operados pela Latam, além de alto potencial para abrir novas rotas e mais voos diretos a novos destinos ou para localidades já atendidas pela Latam.

- São benéficos também para o Chile, ao melhorar a conectividade do país com o mundo, promovendo o turismo e as viagens de negócios.

No caso dos acordos da Latam com IAG e AA, tal como permitem nossas normas, eles foram informados voluntariamente há mais de 6 meses à Fiscalía Nacional Económica, autoridade que atualmente está analisando os acordos. Neste sentido, a Latam tem prestado e continuará prestando total colaboração com as autoridades de livre concorrência, na crença de que elas reconhecerão em definitivo esses benefícios", conclui a companhia aérea.



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