Iata: "Precisamos evitar multidões nos aeroportos"
Ao iniciar seu último Encontro Anual Geral (AGM) pela Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), o diretor geral e CEO Tony Tyler passou a limpo as principais preocupações com a situação atual da aviação global.
Ao iniciar sua última Assembleia Anual Geral (AGM) pela Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), o diretor geral e CEO Tony Tyler passou a limpo as principais preocupações com a situação atual da aviação global. Segundo ele, segurança nos aeroportos, a relação com governos e a recuperação dos indicadores econômicos das companhias aéreas são as prioridades para serem levadas em conta.
A segurança foi enfatizada por Tyler com a lembrança dos ataques terroristas na França e na Bélgica. “Esses casos confirmaram que áreas públicas são vulneráveis. Então, temos que fazer de tudo para evitar multidões nelas. Fazer as pessoas se moverem rapidamente nos terminais e pela segurança, sem grandes filas”, disse. Segundo ele, “nos Estados Unidos, o congestionamento na inspeção de segurança inaceitável, e todos sabem o que precisa ser feito”. Assim, Europa e outras localidades precisam seguir o exemplo, aponta.
AÉREAS MAIS FORTES
Sobre as questões econômicas, o diretor da Iata destacou que, apesar dos bons números gerais, questões como o câmbio ainda fazem da aviação “um negócio que não é fácil”. “O dólar forte não foi bom para muitas companhias europeias e asiáticas. E, pessoalmente, acho que os movimentos trabalhistas nessa área andam muito agitados”, comentou.
Ele pediu também maior atuação junto aos governos locais e administradores de aeroportos, para que a aviação seja vista como um direcionador de crescimento econômico, em vez de apenas uma fonte de recursos e impostos. “taxas aeroportuárias são um problema quando observamos que alguns grandes hubs são na verdade monopolizados. Precisamos de regulamentação, para que o aeroporto precise consultar seus clientes sobre isso”, sugeriu.
Tony Tyler se despede da Iata neste mês após cinco anos como diretor geral. Antes disso, ele foi CEO da Cathay Pacific Airways, de Hong Kong. Para seu lugar, o Conselho da associação recomendou o presidente e CEO da Air France-KLM, Alexandre de Juniac.