Maria Izabel Reigada   |   25/03/2015 16:49

Conheça modelos internacionais de concessão de aeroportos

BRASÍLIA – As concessões dos aeroportos brasileiros voltaram a dominar os debates no seminário sobre gestão de aeroportos, dentro da Airport Infra Expo, realizada desde ontem em

BRASÍLIA – As concessões dos aeroportos brasileiros voltaram a dominar os debates no seminário sobre gestão de aeroportos, dentro da Airport Infra Expo, realizada desde ontem em Brasília. Modelos para a concessão foram apresentados por diferentes consultores e empresários, com destaque para a expertise do diretor de Aeroserviços da Egis, Emmanuel Legrand. O executivo da empresa de consultoria e engenharia, com participação no consórcio que administra o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), falou sobre a experiência de administração da empresa em outros 14 aeroportos do mundo.

“Nosso grupo adota diferentes modelos em diferentes países e com diversos tamanhos de aeroportos, explicou o executivo, listando aeroportos em países como a Bélgica, o Congo, Chipre e a Polinésia Francesa. “Administramos o Aeroporto de Abidjan, na Costa do Marfim, onde a concessão teve início em 1996, foi interrompida por um golpe de estado e recuperada em 2010”, contou. “Desde então, estamos no projeto de aeroporto integrado à cidade, com a construção de um centro de atrações e de desenvolvimento econômico atrelado ao aeroporto”, explicou, contando, ainda, que em 2014 o aeroporto recebeu seu primeiro A-380.

O diretor da Egis falou ainda sobre modelos de concessões em bloco – caso do Chipre, onde a empresa tem um contrato apenas, incluindo a administração de dois aeroportos. “Esse modelo é o mesmo da concessão do Congo, onde temos um contrato incluindo três aeroportos de dimensões diferentes: dois deles com mais de um milhão de passageiros ao ano e outro com apenas 18 mil”, ressaltou.

PARA O BRASIL
Ontem, quando o evento contou com a presença do ministro da Secretaria de Aviação Civil (Sac), Eliseu Padilha, o co-head de Investimentos em Infraestrutura da GP Investments, Helcio Tokeshi, falou sobre a possibilidade de concessões em bloco para os aeroportos brasileiros. “Precisamos lembrar que o primeiro bloco de concessões entregou os aeroportos considerados mais interessantes pelos investidores. Mais de 70% do EBITDA da Infraero em 2010 vinha dos aeroportos de Guarulho, Viracopos, Confins, Galeão e Brasília, hoje com a iniciativa privada”, analisou.

Para Tokeshi, o modelo de blocos que agrupariam mais de um aeroporto em concessões futuras deve ser estudado. “No México, temos 35 aeroportos divididos entre quatro concessionários por um período de 50 anos”, contou. Entre as sugestões apresentadas pelo executivo estava a configuração de um bloco de aeroportos da região Sul do País e outro da região Nordeste ou a combinação de aeroportos de maior e menor fluxo de passageiros.

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